
O advogado Renan Farah, que representa Antônio e Paulo Buscariollo, considerados foragidos no caso dos desaparecidos em Icaraíma, no noroeste do Paraná, informou que se comunica com seus clientes através de um intermediador. Recentemente, ele compartilhou novos detalhes sobre as investigações conduzidas pela Polícia Civil.
Farah relatou que utiliza um intermediador para repassar perguntas e respostas entre ele e os Buscariollo. Ele explicou que, por meio desse contato, fez inquéritos como o questionamento sobre um carro que foi apreendido durante a investigação. Segundo ele, o veículo em questão pertencia a um prestador de serviços da prefeitura e foi objeto de uma negociação que envolveu a troca por outro carro e um valor adicional. Este carro apresentou problemas mecânicos e foi devolvido no dia 4 de agosto, antes de ser encontrado com uma placa adulterada no último sábado, que pode estar conectado aos pai e filho foragidos.
Farah também mencionou que os Buscariollo destruíram seus celulares em um ato que acredita ser uma tentativa de se protegerem de ameaças que receberam. Embora não saiba quem está por trás dessas ameaças, o advogado suspeita que possam ser as mesmas pessoas responsáveis pelo desaparecimento das vítimas.
“Eu acho que o motivo deles quebrarem o celular é para que as pessoas que estão nos ameaçando não os encontrem. Acredito que sejam os verdadeiros responsáveis pelo desaparecimento”, afirmou Farah.
Além disso, o advogado ressaltou que a investigação aponta para a possibilidade de outros quatro suspeitos estarem envolvidos, o que poderia ajudar a inocentar seus clientes.
Em relação ao caso, a Polícia Civil intensifica as buscas em poços desativados na região, em busca dos corpos de quatro pessoas desaparecidas: Alencar Gonçalves de Souza, Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi e Diego Henrique Afonso. As autoridades seguem trabalhando para esclarecer os desaparecimentos e localizar os envolvidos.