
A Volkswagen e a Xpeng estão ampliando sua parceria na China, e a novidade promete mexer com o mercado automotivo. Agora, a arquitetura eletrônica CEA, que até então era focada apenas em carros elétricos, vai se estender também para híbridos e motores a combustão a partir de 2027. É uma estratégia alinhada ao plano “In China, For China”, que mostra bem o compromisso da montadora alemã com essa que é a maior praça automotiva do mundo.
Essa China Electronic Architecture (CEA) é uma plataforma bem moderna de computação centralizada. O que isso significa, na prática? Reduzir o número de módulos eletrônicos e simplificar sistemas, tornando tudo mais eficiente. E o ponto alto: permitirá atualizações completas por internet (OTA). Então, o carro será praticamente um smartphone sobre rodas, com inteligência artificial embarcada, suporte à direção autônoma e sistemas ADAS que tornam a viagem muito mais segura.
Com essa padronização, a Volkswagen quer acelerar a oferta de veículos inteligentes e conectados. É uma jogada para oferecer produtos com mais tecnologia e a um custo melhor. A expectativa é que até 2030, cerca de 30 modelos utilizando essa plataforma cheguem ao mercado chinês. Isso inclui não só os da marca Volkswagen, mas também da Audi e até uma nova marca exclusiva para a China, chamada AUDI.
Embora a tendência para elétricos esteja crescendo, não podemos ignorar que os motores a combustão ainda são os mais populares na China. No ano passado, a Volkswagen vendeu mais de 2 milhões de carros no país, e 90% eram movidos a gasolina. Ao levar a CEA para esses modelos, a montadora busca manter sua competitividade e ao mesmo tempo acelerar o desenvolvimento de soluções digitais.
Essa parceria com a Xpeng, firmada em 2023, envolve investimentos conjuntos e centros de pesquisa, tudo para criar soluções que atendam melhor os consumidores chineses. É uma estratégia fundamental, já que a competição com marcas como a BYD, que está dominando o segmento, é intensa.
O CEO da Xpeng, He Xiaopeng, reforçou a importância do acordo, mencionando que ele simboliza uma confiança estratégica de longo prazo. A ideia é desenvolver tecnologias que moldem o futuro dos veículos inteligentes, com modelos mais conectados e duradouros.
Por enquanto, essa nova plataforma será exclusiva para o mercado chinês. No último ano, foram 31 milhões de veículos vendidos na China, e cerca de 40% deles eram eletrificados. A Volkswagen deseja se adaptar rapidamente a esse cenário, enquanto aproveita para conquistar espaço entre os consumidores que ainda preferem os modelos a combustão.
É um momento interessante para as montadoras, que buscam inovações para atender ao gosto e às necessidades dos motoristas, especialmente em um mercado tão dinâmico e exigente como o chinês.