Marcas que ainda não chegaram ao Brasil

Está quase tudo pronto para a chegada da Cadillac no Brasil! A General Motors já está fazendo reuniões com clientes, estudando como posicionar a marca aqui e, para dar uma palinha, trouxe os modelos Lyriq e Optiq para eventos como as 6 Horas de São Paulo da WEC. O foco da marca vai ser em carros elétricos, todos com a nova plataforma Ultium. Se tudo der certo, essa marca de luxo poderá até marcar presença oficial nas nossas estradas.

Enquanto isso, a Ford está mantendo a Lincoln fora do mercado. Essa divisão de luxo nunca teve operação oficial no Brasil, embora a gente já tenha visto o Navigator circulando por aqui, trazido por importadoras independentes. E essa situação não é uma exclusividade da Lincoln.

Marcas que passaram batido

Tem várias marcas que fazem parte de grupos que já atuam no Brasil, mas que ainda não chegaram às nossas ruas. Algumas até tentaram entrar no mercado, enquanto outras decidiram sair, e ainda há aquelas que estão escondidas atrás de outros emblemas.

Lincoln – Ford Motor Company

Se a Cadillac é a bandeira de luxo da GM, a Lincoln é a equivalente da Ford. Fundada lá em 1917, a marca nunca teve presença oficial por aqui, e só ficou conhecida por conta das importações do Navigator, um SUV grandalhão baseado no Ford Expedition. Com a Ford focada em manter um portfólio reduzido e sem produção local, a Lincoln continua fora do jogo, pelo menos por enquanto.

Acura – Honda Motor Company

Em 2012, a Honda realizou um verdadeiro show de marketing ao anunciar que traria a Acura ao Brasil. O plano era que essa divisão de luxo chegasse em 2015, com modelos como o TLX, MDX e o famoso NSX. Mas, como muitas coisas, esse sonho não durou muito. A alta do dólar e a regulamentação de importação tornaram tudo inviável. Enquanto isso, a rival Lexus da Toyota chegou e se estabeleceu por aqui, enquanto a Acura ficou engavetada.

Genesis – Hyundai Motor Group

A Hyundai até tentou entrar no mercado de luxo no Brasil com o Genesis, um sedã que tinha tudo para competir com BMW e Mercedes. Lançado em 2010, o Genesis não teve sorte e logo foi retirado do mercado. Nos Estados Unidos, porém, a marca ganhou vida própria e começou a crescer, oferecendo modelos de design sofisticado e uma proposta premium. Aqui, o Genesis ainda não despertou interesse da montadora.

Opel e Vauxhall – Stellantis

Essas marcas foram subsidiárias da GM por muito tempo, criando modelos que hoje conhecemos como Corsa e Astra, vendidos no Brasil sob a badge da Chevrolet. Mas, após a crise de 2008, a GM foi levando os modelos para novas direções em mercados emergentes, e a influência da Opel e da Vauxhall acabou ao serem vendidas para o Grupo PSA, hoje Stellantis. Agora, a marca foca em nomes como Fiat, Jeep e Peugeot, enquanto Opel e Vauxhall passam batido por aqui.

Alfa Romeo – Stellantis

A Alfa tem uma história longa no Brasil, estando presente na primeira Exposição de Automobilismo de São Paulo em 1923. Ela produziu carros em parceria e até voltou nos anos 90 com modelos como 155 e 164. Porém, a operação terminou no início dos anos 2000. Agora, sob a Stellantis, a linha inclui modelos como Giulia e Stelvio, mas ainda não sabemos a hora de seu retorno ao Brasil.

Dacia – Renault Group

A Dacia, que nunca teve operação oficial no Brasil, é conhecida por modelos como Logan e Duster, que são vendidos por aqui com o emblema da Renault. A marca romena é excelente no quesito custo-benefício, mas atualmente não tem planos de expansão para o Brasil, já que a Renault quer focar em um portfólio mais sofisticado.

Daihatsu – Toyota Motor Corporation

Essa marca japonesa chegou ao Brasil nos anos 90 e operou até 1999, mas apenas com alguns modelos e foco em nichos de mercado. Apesar do recall do jipe Terios e do Charade, a marca nunca conseguiu emplacar. Hoje, a Daihatsu é uma força no Japão e Sudeste Asiático, mas não há sinais de um retorno.

Seat e Cupra – Grupo Volkswagen

A Seat até tentou seu espaço no Brasil nos anos 90, com modelos como o Ibiza e o Córdoba, vendidos parallelamente aos VW. Mas com a sobreposição de produtos, a marca acabou saindo em 2002. Por outro lado, a Cupra, nascida como divisão de performance da Seat, agora brilha como marca independente, mas, por enquanto, não tem planos de voltar ao Brasil.

Essas marcas trazem uma história rica e cheia de desafios, mostrando que o mercado automotivo é dinâmico e sempre surpreendente. Enquanto aguardamos novos nomes, que tal aproveitar os modelos nacionais e fazer uma boa estrada?