carros que podem impulsionar a empresa em 2025

O cenário automotivo de 2025 não está fácil. A indústria global enfrenta desafios econômicos e instabilidades de mercado, mas a liderança da Stellantis, agora sob o comando de Antonio Filosa, se mostra otimista. Ele trouxe à tona os dados do primeiro semestre, que, apesar de não serem brilhantes, indicam uma leve recuperação ao longo do ano.

Os números falam por si: as vendas caíram 12,6%, totalizando 74,3 bilhões de euros, enquanto a margem operacional ajustada ficou em 500 milhões de euros. Não dá para negar que a situação ainda é complicada, mas é um sinal de que as coisas podem estar começando a mudar.

Quando olhamos para as vendas, percebemos que, ao comparar com o mesmo período de 2024, a queda é clara, mas, em relação ao segundo semestre do ano passado, já vemos sinais de melhora. Esses passos adiante são impulsionados pelo lançamento de novos modelos e pela reintrodução de motores que são verdadeiros clássicos, especialmente no mercado norte-americano. É por aí que a Stellantis está mirando para recomeçar.

Carros pequenos dominam na Europa

Aqui no Brasil, a moda é outra, mas na Europa, a Stellantis está apostando pesado em novos lançamentos. Eles trouxeram três modelos estratégicos: o Citroën C3 Aircross, o Fiat Grande Panda e o Opel Frontera. Estamos falando de dois SUVs e um hatch compacto, todos com a mesma plataforma chamada Smart Car e com preços bem acessíveis.

Esses carros chegam em um momento em que os hatches estão bombando por lá. Dando uma olhada no ranking de vendas do primeiro semestre de 2025, vemos que três hatches compactos mandam ver nas vendas: Dacia Sandero, Renault Clio e Peugeot 208, seguidos pelo SUV Volkswagen T-Roc.

A Stellantis percebeu essa tendência e está se adaptando. Eles oferecem uma linha diversa de motorização, desde elétricos até opções híbridas e a combustão. Modelos como o Citroën C4/C4X e o Opel Mokka estão ajudando a marca a ganhar espaço no mercado, que viu um crescimento impressionante de 127 pontos no segundo semestre de 2024.

Até o fim do ano, aguardamos os novos Jeep Compass, Citroën C5 Aircross e o DS N°8, todos construídos sobre a plataforma STLA Medium. Enquanto o modelo da DS será exclusivo para o público que gosta de elétricos, o Compass e C5 Aircross terão mais concorrência, mas estão em um segmento em alta, o que aumenta suas chances de sucesso.

Velhas glórias para os EUA

Enquanto isso, nos Estados Unidos, a história é bem diferente. Os motores a gasolina continuam sendo os queridinhos. A Stellantis, seguindo a onda do mercado, decidiu trazer de volta o V8 Hemi de 5,7 litros nas picapes Ram em 2025. Na mente dos consumidores americanos, quanto maior, melhor!

Outra novidade quente é o Dodge Charger SixPack, que vem com o motor seis cilindros em linha Hurricane de 3.0 litros. Ele promete reviver o espírito do muscle car, que ainda luta para achar seu espaço no mercado elétrico. Afinal, o ronco do motor e aquele cheirinho de gasolina fazem parte da emoção de dirigir por essas bandas.

E não para por aí! O novo Jeep Cherokee está a caminho, trazendo uma motorização híbrida e possivelmente uma versão totalmente elétrica. Contudo, ele não será vendido na Europa, para evitar competir diretamente com o Compass, uma jogada estratégica da marca.

O novo Cherokee será construído com uma plataforma que permite motores maiores, como a do Charger. Isso só mostra que a Stellantis está tentando equilibrar tradição e inovação — um passo que pode ser bem interessante para os fãs de carros.

Com a recente liderança de Filosa, parece que a trajetória agora é buscar o que já funciona e alinhar isso ao que há de novo. A sensação é de que, depois de traçar um caminho elétrico, a marca quer garantir um futuro sólido e diversificado, mantendo todos os apaixonados por carros envolvidos na discussão.