
Na terça-feira, 15 de agosto, o dólar teve uma queda de 0,47%, fechando a R$ 5,56. Esse movimento no mercado de câmbio foi impulsionado por notícias que indicam uma possível redução das tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos.
Enquanto isso, o dólar subia no exterior, influenciado por dados de inflação nos Estados Unidos que superaram as expectativas dos analistas. No entanto, no Brasil, o comportamento da moeda foi diferente. Durante a primeira parte do dia, o dólar alcançou a marca de R$ 5,60, mas a situação mudou após declarações do presidente dos EUA, Donald Trump. Ele comentou que Jair Bolsonaro não é seu amigo, mas o classificou como “um homem muito bom”, o que pode sugerir uma abertura para diálogos entre os dois países.
Outro ponto importante que chamou a atenção no mercado financeiro foi a indefinição sobre os decretos do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Isso levou à convocação de uma reunião de conciliação entre o governo e o Congresso pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Contudo, a reunião foi considerada pouco produtiva, já que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estava de férias, e os presidentes da Câmara e do Senado mandaram apenas representantes.
A falta de um consenso sobre a questão do IOF poderá deixar a decisão nas mãos de Moraes. Essa situação é vista como preocupante, especialmente porque o ministro da Casa Civil, Rui Costa, declarou que não existe um “plano B” para o decreto do IOF, o que pode intensificar o confronto entre o governo e o Congresso. Essa postura é vista por especialistas como uma estratégia que pode influenciar negativamente outras questões econômicas e aumentar o risco político no país.
No âmbito internacional, o índice DXY, que avalia o desempenho do dólar em relação a um grupo de outras moedas fortes, subiu mais de 0,50%, atingindo cerca de 98,600 pontos. Os dados de inflação nos Estados Unidos, divulgados pela manhã, mostraram um aumento de 0,3% no Índice de Preços ao Consumidor (CPI) em junho. Analisando o cenário anual, o CPI registrou uma inflação de 2,7%, também acima das expectativas, enquanto o núcleo do índice — que não considera alimentos e energia — cresceu 0,2% no mês e 2,9% no ano.
Esses dados indicam um contexto econômico que pode influenciar as manobras financeiras tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil.