
Na quarta-feira, 9 de agosto, os preços do milho futuro na Bolsa de Chicago apresentaram leve alta. Essa movimentação ocorre antes da divulgação do relatório sobre a Oferta e Demanda Mundial do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, que será publicado na próxima sexta-feira.
Os analistas da Agrinvest observaram que o mercado esteve cauteloso, com os investidores esperando novas informações que possam influenciar os preços. As negociações foram limitadas, e os participantes do mercado estavam atentos a questões climáticas e à política tarifária dos Estados Unidos, que podem impactar o setor agrícola.
Além disso, o desempenho negativo de outras commodities, como soja e trigo, e um clima favorável ao desenvolvimento das lavouras nos EUA restringiram os ganhos do milho. O contrato para julho de 2025 foi cotado a US$ 4,12, com uma valorização de 1,50 ponto. Já os contratos para setembro, dezembro e março de 2026 também mostraram leve alta, variando entre 1,25 e 1,50 ponto.
No mercado brasileiro, os preços futuros do milho também foram positivos, com as principais cotações superando 1% em altas. A valorização do dólar frente ao real impulsionou os preços na Bolsa Brasileira (B3). Entretanto, no mercado físico, os preços continuam com pressão. Isso se deve à colheita da safrinha, que está em andamento, e a um desempenho fraco das exportações.
Em Assis Chateaubriand, no Paraná, os preços do milho recuaram significativamente em relação ao início do ciclo. Muitos produtores não conseguiram vender a preços mais altos, que chegaram a R$ 61,00 anteriormente. Atualmente, os preços estão abaixo de R$ 50,00, o que tem gerado dificuldades financeiras para os agricultores.
No cenário atual, o contrato de julho de 2025 foi cotado a R$ 63,00, com aumento de 1,37%. O setembro de 2025 teve valorização de 2,23%, alcançando R$ 63,79. O contrato de novembro foi negociado a R$ 67,73, enquanto janeiro de 2026 ficou em R$ 72,31. Ao longo da semana, houve poucas variações nos preços da saca de milho no mercado físico, com valorização em Sorriso, Mato Grosso, e desvalorização no Porto de Santos, São Paulo.