
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) recebeu uma denúncia, em 26 de maio de 2025, sobre a morte de cavalos que consumiram rações produzidas pela empresa Nutratta Nutrição Animal Ltda. Desde então, a fiscalização federal tem investigado casos de adoecimento e morte de equinos relacionados ao consumo dos produtos da empresa.
Até o momento, foram registradas 222 mortes de cavalos em vários estados brasileiros. Os números são: São Paulo (83), Rio de Janeiro (69), Alagoas (65), Goiás (4) e Minas Gerais (1). Além desses casos, o Mapa está apurando novas denúncias em outras localidades. Os locais incluem 40 mortes no sudoeste da Bahia, 70 em Goiânia, 34 em Jarinu, 10 em Santo Antônio do Pinhal, 18 em Uberlândia, 8 em Guaranésia, 8 em Jequeri e 7 em Mariana. A investigação destes novos casos, no entanto, enfrenta dificuldades porque muitas ocorrências não foram formalmente comunicadas ao Mapa, que possui a Ouvidoria como canal oficial para registro.
Outro desafio para a fiscalização é a natureza dos sintomas que os cavalos apresentam. Os sinais de adoecimento podem aparecer muito tempo depois de os animais terem ingerido a ração, dificultando a identificação precisa das causas das mortes. Os sintomas incluem insuficiência hepática, que pode piorar rapidamente.
Desde que a primeira denúncia foi recebida, o Mapa realizou duas inspeções na única unidade de produção da Nutratta. Durante essas fiscalizações, foram encontradas irregularidades, levando à suspensão cautelar da fabricação de todas as rações da empresa. Em resposta a essas medidas, a Nutratta entrou com um mandado de segurança no Poder Judiciário. O Mapa já apresentou as informações necessárias e aguarda a decisão da Justiça.
Além da suspensão da fabricação, o Mapa também interrompeu a comercialização de todos os produtos da Nutratta. Essa restrição foi ampliada gradativamente conforme novas informações sobre as causas das mortes foram obtidas nas investigações.
O Mapa reafirma seu compromisso com a saúde animal e a segurança da produção agropecuária no Brasil. Qualquer informação ou denúncia sobre o caso deve ser enviada pela Ouvidoria.