Ozempic é coisa do passado: novo remédio promete emagrecimento mais rápido

A indústria farmacêutica continua a avançar na busca por tratamentos mais eficazes para combater a obesidade, uma condição que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo. Com medicamentos como Ozempic, Victoza e Mounjaro já estabelecidos como tratamentos secundários para diabetes tipo 2 e auxiliares na perda de peso, o foco agora se volta para o desenvolvimento de moléculas ainda mais potentes.

Ozempic é coisa do passado novo remédio promete emagrecimento mais rápido | Imagem de Michal Jarmoluk por Pixabay

Perspectivas globais e a necessidade de novos tratamentos

A Organização Mundial de Saúde (OMS) projeta que até 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos estarão acima do peso, dos quais 700 milhões serão classificados como obesos. Essa previsão alarmante destaca a importância de encontrar soluções eficazes e acessíveis para o controle da obesidade.

Inovações em substâncias farmacêuticas

Entre as novidades no campo da farmacologia, a amicretina surge como uma substância promissora, juntando-se a semaglutida, liraglutida e tirzepatida, que já receberam aprovação da Anvisa. A amicretina destaca-se por mimetizar a ação de hormônios que regulam o apetite e promovem a saciedade, representando um avanço significativo em relação às formulações anteriores.

Substâncias em destaque:

  • Amicretina: Com um estudo preliminar apontando uma perda de peso de 13% em 12 semanas, a amicretina é uma promessa para superar a eficácia da semaglutida. Seu modo de ação imita dois hormônios responsáveis pela saciedade, sugerindo um potencial maior para controle da obesidade.
  • Retratutida: Ainda em fase de estudos, essa substância é aplicada semanalmente e mostra uma potencial redução de 24% no peso corporal ao longo de um ano. A retratutida simula a ação de três hormônios, incluindo o GLP-1, GIP e GCG, prometendo ser uma das opções mais eficazes para perda de peso.
  • Tirzepatida (Mounjaro e Zepbound): Atualmente considerada a substância mais eficaz disponível, com estudos indicando uma perda de peso de até 20% em 36 semanas. Seu mecanismo de ação envolve a simulação de dois hormônios, o GIP e o GLP-1, controlando a glicemia e aumentando a saciedade.

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Como funcionam estas substâncias?

Todas essas substâncias atuam imitando hormônios naturais do corpo que regulam o apetite e a saciedade. Essa abordagem não apenas ajuda na perda de peso, mas também no controle da glicemia em pacientes com diabetes tipo 2. A vantagem desses medicamentos sobre os hormônios naturais é sua maior resistência à degradação enzimática, prolongando sua ação no corpo.

Desafios e efeitos colaterais

Embora promissoras, essas substâncias não estão livres de desafios, incluindo a manifestação de efeitos colaterais como náuseas, vômito, diarréia e dor abdominal. A tolerabilidade dos pacientes varia, destacando a importância de opções de tratamento personalizadas.

Próximos passos na pesquisa

A conclusão da fase um dos estudos sobre a amicretina abre caminho para testes mais amplos, visando confirmar sua eficácia e segurança. No entanto, a jornada do laboratório para o mercado é longa, com novos medicamentos levando, em média, dez anos para serem disponibilizados ao público.

A luta contra a obesidade está na vanguarda da pesquisa farmacêutica, com a esperança de que novas substâncias como amicretina e retratutida possam oferecer alternativas mais eficazes para pacientes em todo o mundo.

Enquanto a busca por tratamentos mais eficientes continua, é essencial manter um diálogo aberto entre médicos e pacientes sobre as opções de tratamento disponíveis, seus benefícios potenciais e possíveis efeitos colaterais.

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