
No domingo, 7 de outubro, diversas cidades do país vão realizar atos para denunciar a crescente violência contra mulheres e o aumento dos casos de feminicídio. Essa mobilização nacional, chamada de Levante Mulheres Vivas, é organizada por coletivos, movimentos populares e organizações feministas.
A convocação surge em um contexto de violência brutal contra as mulheres, com recentes casos que chamaram a atenção da sociedade. Um deles ocorreu na última sexta-feira, dia 5, quando um soldado foi preso em flagrante pela morte da jovem Maria de Lourdes em um batalhão do Exército, no Distrito Federal. A investigação aponta que esse caso é um feminicídio, um tipo de crime específico motivado por questões de gênero. Em 2024, o Relatório Anual Socioeconômico da Mulher (Raseam), do Ministério das Mulheres, registrou 1.459 vítimas desse crime.
Além desse caso, outros episódios de violência têm sido igualmente alarmantes. Em São Paulo, uma mulher teve suas pernas amputadas após ser atropelada e arrastada pelo ex-namorado. No Rio de Janeiro, duas funcionárias do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet-RJ) foram mortas a tiros por um homem que não aceitava ser chefiado por mulheres. Essas situações evidenciam a crueldade e o preconceito contra o gênero feminino.
Em um manifesto, o Levante Mulheres Vivas destaca a fragilidade das redes de proteção para as mulheres, previstas em lei, e critica a disseminação de discursos de ódio nas redes sociais, que agravam o cenário de violência. O texto enfatiza a necessidade de reconhecer a misoginia como um crime específico. Segundo os organizadores, a violência contra as mulheres deve ser tratada como uma questão prioritária pelo Estado, envolvendo ações jurídicas, sociais e institucionais.
No sábado, 6 de outubro, diferentes cidades, como Porto Alegre, Belém, Joinville e Cuiabá, já realizaram mobilizações. Em Salvador, está agendada uma atividade para o próximo domingo, 14 de outubro.
Os atos programados para o domingo incluem:
- São Paulo (SP): 14h no vão do Masp
- Rio de Janeiro (RJ): 12h no Posto 5, em Copacabana
- Brasília (DF): 10h na Feira da Torre de TV
- Curitiba (PR): 10h na Praça João Cândido – Largo da Ordem
- Cuiabá (MT): 14h na Praça Santos Dumond
- Campo Grande (MS): 13h em frente ao Aquário do Pantanal
- Manaus (AM): 17h no Largo São Sebastião
- Parnaíba (PI): 16h em frente ao Parnaíba Shopping
- Belo Horizonte (MG): 11h na Praça Raul Soares
- Porto Alegre (RS): 17h na Praça da Matriz
- São José dos Campos (SP): 15h no Largo São Benedito
- Salvador (BA): 10h na Barra (do Cristo ao Farol)
- São Luís (MA): 9h na Praça da Igreja do Carmo (Feirinha)
- Belém (PA): 8h no Boulevard Gastronomia
- Teresina (PI): 17h na Praça Pedro II
- Roraima (RR): 16h30 na Assembleia Legislativa
Esses atos visam mobilizar a sociedade e exigir medidas efetivas para combater a violência contra as mulheres no país.

