Anvisa proíbe suplementos e alimentos populares: creatina, ora-pro-nóbis e vinagre de maçã na mira da fiscalização

Saiba quais produtos foram suspensos e por que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária tomou medidas urgentes

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ligou o alerta e determinou o recolhimento e a proibição de uma série de produtos bem populares no mercado. As medidas afetam tanto suplementos alimentares quanto alimentos do dia a dia.

Essa ação faz parte do trabalho constante de fiscalização para garantir que o que consumimos seja seguro e cumpra as regras brasileiras. A maioria das proibições acontece por problemas sérios de regularização ou uso de ingredientes não autorizados.

Entre os alvos recentes da Agência, estão suplementos à base de ora-pro-nóbis, alguns produtos com creatina e até um lote específico de vinagre de maçã. É bom ficar de olho e checar o que você tem em casa.

Quando a Anvisa proíbe algo, a decisão é urgente. Significa que a comercialização, distribuição, fabricação e até a propaganda desses produtos são suspensas imediatamente.

O recado é simples: se o produto não tem a segurança comprovada ou está fora das normas, ele não pode estar na prateleira. A saúde do consumidor sempre vem em primeiro lugar.

Ora-pro-nóbis, a planta que virou problema nos suplementos

A ora-pro-nóbis é uma planta bastante conhecida, especialmente na culinária mineira. Ela é famosa por ser nutritiva e uma fonte de proteína de origem vegetal.

Contudo, a Anvisa reforçou uma proibição importante: a planta não pode ser usada como ingrediente em suplementos alimentares, pelo menos por enquanto.

A Agência proíbe os suplementos porque não existem estudos suficientes que comprovem a segurança e a eficácia dessa planta em cápsulas ou pó.

Em abril de 2025, essa restrição já havia sido anunciada, e agora a fiscalização está agindo em cima dos fabricantes que ainda insistiam em vender o produto.

É crucial entender que a proibição vale apenas para os suplementos. O consumo da planta in natura (fresca), na forma tradicional de alimento, continua totalmente liberado.

A fiscalização recente derrubou vários suplementos que continham a ora-pro-nóbis, como o Prosatril e o Erenobis, por estarem irregulares e usando o ingrediente não autorizado.

Creatina: proibida em alimentos, mas liberada em suplementos para adultos

A creatina é um suplemento alimentar extremamente popular entre quem pratica exercícios. Ela é liberada no Brasil, mas apenas para uso como suplemento voltado para adultos saudáveis.

A proibição da Anvisa não foi contra a creatina em si, mas sim contra o seu uso indevido em alimentos comuns. O órgão suspendeu a venda de itens como um picolé e até uma paçoca que continham a substância.

A regra é clara: a creatina não tem autorização para ser adicionada a alimentos, bebidas e produtos infantis. Ela só pode ser vendida na forma de suplemento, seguindo as doses e orientações.

Quando uma substância é usada em um produto que não tem avaliação de segurança para aquele formato, a saúde do consumidor fica em risco. O picolé, por exemplo, foi tirado de circulação justamente por essa irregularidade.

Tudo sobre o Brasil e o mundo aqui. Quem consome creatina precisa ter atenção. Compre o produto apenas de marcas registradas e na categoria correta: a de suplementos.

Vinagre de maçã e outros itens suspensos

As ações da Anvisa também atingiram outros produtos que não eram suplementos, mas apresentavam irregularidades graves. Um lote de vinagre de maçã da marca Castelo foi suspenso.

O motivo da proibição foi a presença de uma quantidade de dióxido de enxofre acima do limite permitido e, o que é mais grave, a falta da declaração desse aditivo no rótulo.

O dióxido de enxofre pode causar reações alérgicas graves em pessoas sensíveis, então a falta de aviso no rótulo representa um risco real para a saúde pública.

A Agência determinou o recolhimento imediato do lote afetado. Se você tem esse vinagre em casa, verifique o lote e entre em contato com o fabricante para fazer a troca ou devolução.

Além desses, a Anvisa suspendeu um pó para bebida vegetal que continha proteína de fava hidrolisada. Este ingrediente também não teve sua segurança avaliada para uso em alimentos no país.

Esses exemplos mostram a importância de as empresas manterem o registro correto e usarem apenas ingredientes já aprovados pela vigilância sanitária. A Anvisa segue atenta para proteger o consumidor de qualquer risco.