
Assassinato em Agudos do Sul é investigado; família acusa ex-mulher por interesse financeiro
O assassinato de Pedro Lourenço Júnior, de 30 anos, ocorrido em 29 de setembro em Agudos do Sul, próximo a Curitiba, está sendo investigado pela polícia. Recentemente, novos depoimentos de familiares trouxeram à tona preocupações sobre as motivações por trás do crime. A ex-esposa de Pedro, que confessou ter cometido o ato juntamente com um cúmplice, é apontada pelos familiares como responsável pelo assassinato em razão de interesses financeiros.
Pedro e sua ex-mulher foram casados por mais de 13 anos e tiveram quatro filhos juntos. O relacionamento, no entanto, era marcado por conflitos, e havia medidas protetivas em vigor entre o casal. Segundo a família, a motivação do crime estaria relacionada à curatela de uma prima de Pedro, que possuía um patrimônio considerável. A ex-mulher, ao saber que Pedro pretendia retomar o controle sobre a curatela, teria decidido cometer o homicídio.
Um familiar que preferiu não se identificar declarou que a ex-mulher tinha a intenção de assumir a curatela, o que motivou a disputa entre o casal. Ele revelou que Pedro havia consultado um advogado para iniciar o processo de divórcio e retomar a curatela da prima. A afirmação sugere que a ex-mulher estava disposta a fazer o que fosse necessário para alcançar esses bens.
Uma das advogadas da família, Priscila Aline, mencionou que teve conhecimento do interesse da ex-mulher na curatela dias antes do crime. Ela relatou que uma familiar de Pedro entrou em contato com seu escritório buscando orientação sobre a situação, expressando preocupações sobre as intenções da mulher. Após a consulta, a advogada ficou alarmada e acreditou que o crime era premeditado, uma vez que ocorreu em meio a um arrombamento durante a madrugada.
De acordo com Dyogo Cardoso, outro advogado da família, a ex-mulher foi além, se apropriando de cartões de benefício e valores que pertenciam à pessoa sob curatela, levantando ainda mais suspeitas sobre suas intenções. Para ele, o crime evidenciou um forte componente financeiro, e a motivação alegada pela ex-mulher foi considerada falsa.
A família de Pedro registrou depoimentos na Delegacia da Polícia Civil do Paraná e fez um apelo para que as autoridades tratem o caso como um crime premeditado. Eles estão determinados a limpar a imagem de Pedro, afirmando que ele nunca ameaçaria os filhos e que a ex-mulher estava apenas interessada em obter dinheiro. Um parente fez uma declaração contundente sobre a situação, expressando preocupação de que, se não houver justiça, a ex-mulher poderia escapar das consequências de suas ações.
A investigação continua em andamento e a polícia segue recolhendo testemunhos e provas para elucidar os fatos por trás dessa tragédia familiar.