
Um renomado chefe do crime internacional contata Mason Goddard, um mestre em roubos aposentado, com uma proposta que ele não pode recusar. O chefe do crime, que sequestrou a esposa de Goddard, dá a ele uma missão: se ele e seu excêntrico grupo de cúmplices não conseguirem roubar o conteúdo do cofre quase impenetrável de um barão dos cassinos em Nova Orleans, Goddard nunca mais verá sua amada.
Este é o enredo do filme “High Rollers”, estrelado por John Travolta. A história não é inovadora e muitos a consideram clichê, refletindo a recorrência de tramas semelhantes em Hollywood. Travolta, que já foi um dos atores mais bem pagos da indústria, agora parece estar focando em projetos de qualidade questionável. O filme foi lançado em março e, com uma recepção morna do público, está se aproximando de um desempenho financeiro insatisfatório, que pode ser comparado ao de outra produção sua, “Mob Land”.
“High Rollers” teve um lançamento discreto no Reino Unido, onde foi exibido em apenas três cinemas e arrecadou míseros 125 libras. Esse padrão não é novo para Travolta, que, ao longo dos anos, tem participado de filmes que muitos consideram mal produzidos. Fala-se em Hollywood sobre a nova fase da carreira dele, especialmente devido à sua colaboração com um cineasta controverso, acusado de má conduta sexual.
O filme é descrito como uma produção de baixo orçamento, com erros que não passam despercebidos, como a ausência de dublês em uma cena onde os protagonistas supostamente saltam de um prédio para uma piscina. A crítica tem sido severa. De acordo com um site de agregação de críticas, “Rotten Tomatoes”, a obra não possui uma classificação, pois apenas nove críticos se dispuseram a assisti-la.
A crítica do chamado “lotado de estereótipos” não é um fenômeno recente na carreira de Travolta. Muitos se lembram dele como um ícone nos anos 70, em filmes como “Grease” e “Saturday Night Fever”. Nos anos 90, ele teve um retorno triunfal com “Pulp Fiction”, mas, desde então, sua trajetória se tornou repleta de escolhas controversas.
Os rumores sobre a vida particular de Travolta também impactam sua carreira. O ator enfrentou tragédias pessoais, como a morte de seu filho Jett, que faleceu em 2009, e da esposa Kelly Preston, que perdeu sua batalha contra o câncer em 2020. Essas perdas inexplicáveis podem ter afetado seu estado emocional e profissional.
Além disso, sua associação à Igreja da Cientologia e a especulações sobre sua sexualidade geram discussão. A Igreja é criticada por sua postura sobre a saúde mental, e essa controvérsia continua a seguir Travolta, apesar de sua tentativa de manter a vida privada longe dos holofotes.
Nos últimos anos, a carreira de Travolta se distanciou de papéis sólidos. Com uma série de filmes de qualidade duvidosa, é evidente que ele não se afastou da atuação. Mesmo com a pressão da indústria e suas questões pessoais, ele está determinado a continuar na tela. Um novo romance, “That’s Amore!”, co-estrelando uma atriz muito mais jovem, está previsto para ser lançado ainda este ano, demonstrando que, aos 71 anos, ele busca se reinventar, mesmo que em projetos que muitos consideram de baixo calão.