Lancia reintroduz ícone dos ralis dos anos 1980

Depois de um tempinho meio perdido no complexo universo da Stellantis, a Lancia está finalmente se reencontrando. A marca italiana deu um passo importante com o lançamento do Ypsilon no ano passado, e agora vem com novidades que prometem balançar as estruturas: os lendários Gamma e Delta estão em pauta, com o Delta, especialmente, carregando uma história gloriosa nos ralis.

A revista Autocar trouxe a notícia de que o nome Delta não é só uma jogada de marketing. Em um anúncio recente, a Lancia revelou que vai ressuscitar o famoso selo HF Integrale. Para quem não sabe, esse selo era sinônimo de potência nas versões mais esportivas do Delta original.

O retorno do espírito HF

Lembra do "HF" que estampava os carros mais potentes da Lancia, como o Stratos e o Delta Integrale? Pois é, esse rótulo, que significa High Fidelity, está de volta. Recentemente, a Lancia lançou o Ypsilon HF e a HF Line, tentando resgatar aquele espírito esportivo que a gente ama.

E olha só, a Lancia não está só no estilo: os novos Ypsilon Rally4 e Ypsilon HF Racing já têm a homologação necessária para as competições, como o Rally6. A marca deixou claro que todas as versões de alto desempenho da nova geração vão contar com o selo HF, começando com o Ypsilon e, a partir de 2026, chegando para o Delta e Gamma, que também vão ganhar o nome HF Integrale.

O Delta Integrale: uma lenda ressurge

O Delta Integrale fez sua primeira aparição em 1988, como uma versão adaptada para o rali. Com tração integral e um motor turbo de quatro cilindros, esse hatch pequeno se transformou em uma verdadeira lenda. Sua produção foi encerrada em 1993, mas a fama só cresceu. Agora, a expectativa é alta para o novo Delta Integrale, que terá que se igualar à porção de amor que os fãs sentem pelo modelo original.

De acordo com informações, o novo Delta deve usar a plataforma CMP da Stellantis, que também integra modelos como o Peugeot 208 e o Citroën C3. O que se cogita é que ele herde a motorização do Ypsilon HF, do Alfa Romeo Junior Veloce e do Peugeot E-208 GTI, com um motor elétrico de impressionantes 280 cv.

Gamma: o irmão mais novo do Delta?

O Gamma, outro modelo icônico, foi fabricado entre 1976 e 1984 e, diferente do Delta, nunca teve uma versão esportiva. Porém, rumores apontam que o novo Gamma será um luxo em forma de carro, gêmeo do DS No8, que é o carro-chefe da DS.

Embora as novidades sejam empolgantes, a Lancia não tem encontrado um caminho fácil. As vendas do novo Ypsilon caíram 72% em maio, somando apenas 5.627 unidades. Isso se deve a um cenário complicado que a Stellantis enfrenta, que inclusive resultou na mudança de liderança com o novo CEO, Antonio Filosa.

Para nós, entusiastas, o novo Delta Integrale traz uma carga emocional enorme. Entre tantos modelos icônicos, esse é, sem dúvida, o mais querido pelos apaixonados por rali. Quem sabe se vai corresponder às expectativas? O futuro promete muitas emoções.