GWM planeja nova fábrica no Brasil e analisa locais

A GWM abriu sua primeira fábrica no Brasil na última sexta-feira (15), em Iracemápolis, São Paulo. Esta inauguração marca um passo importante para a montadora chinesa, que chegou ao país após adquirir o espaço da Daimler há quatro anos. Agora, a empresa se posiciona como uma das grandes operações automotivas fora da Ásia.

A nova unidade tem uma capacidade para produzir 50 mil veículos por ano e os primeiros modelos a saírem da linha de montagem serão o SUV Haval H6, ainda em agosto, além da picape Poer P30 e do SUV Haval H9. Com cerca de 600 funcionários, a expectativa é que esse número chegue a 1.000 até o final de 2025 e, ao iniciar as exportações para a América Latina, pode até superar 2.000 empregos.

Durante a cerimônia de inauguração, a GWM anunciou também a construção de um Centro de Pesquisa & Desenvolvimento ao lado da fábrica. Esse espaço de inovação vai focar em adaptar seus modelos globais às condições do Brasil, com tecnologia flex. Imagine ter um centro desse porte, com 15 mil m² de área total, sendo 4 mil m² somente para pesquisa! Isso deve acelerar o lançamento de novos produtos especificamente voltados para o mercado brasileiro.

Outra novidade interessante é o sistema de montagem “part by part”, que é mais avançado do que o tradicional CKD. Isso significa uma maior nacionalização de peças, além de garantir que a pintura dos veículos será 100% feita aqui no Brasil. Neste momento, a GWM já conta com 18 fornecedores confirmados, como importantes empresas da indústria, e tem 110 empresas cadastradas na expectativa de colaborar em sua produção.

Os investimentos da GWM em solo brasileiro devem atingir a marca de R$ 10 bilhões até 2032. Mas não para por aí: a montadora já está de olho em uma segunda fábrica. Cidades como Santa Catarina, Paraná, Espírito Santo e São Paulo estão na briga para abrigar essa nova unidade, que pode ser construída do zero ou usar uma estrutura já existente.

A decisão sobre onde ficará essa nova planta deve ser feita a partir de meados de 2026. A ideia é que essa fábrica foque em veículos mais acessíveis, já que os modelos atuais da GWM estão na faixa de R$ 200 mil. Afinal, a maior parte dos motoristas brasileiros busca opções na faixa dos R$ 150 mil. Isso pode trazer mais variedade e boas opções para quem adora rodar por aí em um carro novo!