GWM começa a produzir o Haval H6 em 15 de agosto

A GWM finalmente confirmou que vai abrir sua fábrica em Iracemápolis, no interior de São Paulo, no dia 15 de agosto. Esse evento promete ser um grande marco, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O destaque da festa? O início da produção local do SUV híbrido Haval H6.

O H6 que vai ser montado aqui no Brasil mantém o design atual, mesmo com um facelift já em testes. As versões com motor flex ficarão para uma segunda fase, prevista apenas para 2026. Por enquanto, o foco é na produção da versão híbrida, com a intenção de aumentar o conteúdo nacional ao longo do tempo.

Além do H6, a GWM também vai mostrar o Haval H9 e a picape Poer durante o evento. Ambos contam com motor 2.4 turbodiesel, mas só entram de vez na linha em setembro, após alguns ajustes na fábrica. Essa planta, que foi comprada da Mercedes-Benz em 2021, já conta com um setor de pintura ativo, um passo importante para a produção local. E tem mais: a GWM planeja montar suas próprias baterias num futuro próximo para reduzir custos e atender às exigências do Mercosul.

### Estratégia Diferente

O plano da GWM é bastante ousado e vai na contramão do que vemos com a BYD, que ainda está nos testes na sua fábrica em Camaçari, na Bahia. A BYD trouxe modelos quase prontos da China e está finalizando tudo por aqui. Por outro lado, a GWM começa a produção do H6 em pré-série já com a estrutura fabril em operação, o que promete um avanço significativo na nacionalização.

Neste primeiro momento, a linha da GWM vai funcionar em um único turno com duas frentes: uma que cuida do H6 e outra, já pronta, para o H9 e a Poer. Esses dois modelos compartilham a mesma base e motorização, que promete até 184 cavalos e 48,9 kgfm, só que os números exatos para o Brasil ainda não foram divulgados.

### O Haval H6 One de Fora

Até o final do ano, a GWM pretende empregar cerca de 1.000 trabalhadores na nova fábrica. A capacidade inicial será de 30 mil carros por ano, com a meta de chegar a 50 mil até 2028. O H6 será o primeiro modelo a ser produzido em maior escala, mas a versão limitada One, que custa R$ 199.000, ficará de fora do lote inicial. No entanto, essa versão pode se tornar uma opção fixa no futuro.

E não para por aí: a GWM também tem planos de exportar seus veículos para outros países do Mercosul. Para isso, vão precisar aumentar o conteúdo nacional para pelo menos 35% e cumprir com os requisitos fiscais da região. Quem sabe, em breve, veremos os carros da GWM fazendo sucesso não só aqui, mas em outros cantos da América do Sul.