Toyota registra 4Runner no Brasil como rival do Ford Everest

O Governo Federal anunciou mudanças na taxação de impostos que afetam até mesmo os carros comerciais leves a diesel. Uma das consequências disso é o registro do Toyota 4Runner no Brasil, que pode ser mais do que uma simples precaução contra cópias.

Esse SUV, revelado nos EUA no ano passado, traz um motor a gasolina com um sistema híbrido leve, o que pode ajudá-lo a escapar das taxas mais altas. Além disso, o 4Runner parece ser a resposta da Toyota à concorrência com o Ford Everest. Ambos os modelos são SUVs baseados em picapes, com chassi robusto e motores a gasolina. O 4Runner é derivado da Tacoma, que é maior que nossa conhecida Hilux, mas só é vendida na América do Norte. Já o Everest, que é baseado na Ranger, já conquistou o mercado argentino, embora venha da Tailândia, e há rumores de que pode ser produzido na Argentina em breve.

O que o Toyota 4Runner oferece?

O Toyota 4Runner 2025 passou por uma reformulação significativa após muitos anos sem grandes mudanças. Ele foi apresentado nos Estados Unidos em 2024, aprimorando a já famosa fórmula off-road e recebendo novas tecnologias incríveis.

Uma das novidades é a motorização I-Force Max, que combina um motor 2.4 turbo a gasolina com um motor elétrico de 48 cv. O resultado são nada menos que 330 cv de potência e 64,3 kgfm de torque. Para quem prefere a versão sem eletrificação, ela entrega 282 cv e 43,8 kgfm de torque. Ah, e o câmbio automático agora é de 8 marchas, uma bela atualização em relação à antiga caixa de 5 marchas. O motor V6 4.0, que estava por lá há décadas, finalmente se aposentou.

Se você gosta de comparar, o Ford Everest disponível na Argentina vem com um motor 2.3 turbo a gasolina, entregando 300 cv e 45,5 kgfm de torque, acoplado a uma transmissão automática de 10 marchas, com tração 4×4 e uma caixa de redução moderna.

Plataforma e Performance

A plataforma do 4Runner é a robusta TNGA-F, que sustenta diversos veículos da Toyota, como as picapes Tacoma e Tundra, além dos SUVs Land Cruiser e Sequoia. Essa base permite tração traseira e 4×4, dependendo da versão, e, para quem encara trilhas, o 4Runner tem diferencial limitado nas versões com tração traseira e uma caixa de transferência eletrônica nas 4×4. Além disso, ele conta com um mecanismo de desconexão da barra estabilizadora para articulação melhorada. Com ângulos de entrada e saída de 32 e 24 graus, respectivamente, o carro é feito para enfrentar desafios fora de estrada.

Por dentro, as versões mais simples contam com uma tela sensível ao toque de 8 polegadas, enquanto as mais sofisticadas podem chegar a 14 polegadas. E o pacote de segurança Safety Sense 3.0 é de série. Isso inclui frenagem automática com detecção de pedestres, controle de cruzeiro adaptativo, assistência de faixa e muito mais. É uma verdadeira mão na roda, especialmente se você já tomou sustos em situações críticas.

Acabou para o SW4?

É cedo para afirmar isso. Apesar dos preços elevados, variando entre R$ 412.190 e R$ 469.890, o Toyota SW4 ainda reina em seu segmento, conquistando aqueles que preferem motores a diesel e tração 4×4. Quanto à nova política de IPI, ainda é uma incógnita como as montadoras vão se adaptar. Mas, com o registro do 4Runner, é perceptível que a Toyota está se preparando para o que der e vier.