INSS suspende os descontos de empréstimos consignados por tempo indeterminado. Veja o que motivou a medida e como liberar o serviço.
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) anunciou uma medida que afeta diretamente milhões de aposentados e pensionistas em todo o país. A partir desta semana, todos os descontos de empréstimos consignados estão temporariamente bloqueados, independentemente da data em que o benefício foi concedido. A medida busca proteger os segurados diante de denúncias recentes de fraudes envolvendo operações de crédito e cobranças indevidas.
Nos últimos meses, diversos relatos de aposentados indicaram irregularidades em contratos firmados sem autorização. Em muitos casos, os beneficiários perceberam os descontos apenas após a redução dos valores recebidos mensalmente. Diante dessa realidade, o INSS decidiu agir de forma preventiva para evitar que mais pessoas sejam prejudicadas enquanto as investigações seguem em curso.
A decisão não foi tomada isoladamente. Ela cumpre orientações do Tribunal de Contas da União (TCU) e também atende a uma liminar judicial expedida após o avanço das investigações. O objetivo principal é garantir que novos contratos só ocorram mediante o consentimento claro e formal do beneficiário, o que inclui o desbloqueio ativo por meio dos canais oficiais do órgão.
Com essa mudança, o cenário dos descontos de empréstimos consignados no Brasil passa por uma reavaliação completa. O momento exige atenção redobrada dos segurados, que devem revisar seus extratos e adotar práticas seguras ao lidar com instituições financeiras. Ao longo deste conteúdo, você entenderá os motivos da suspensão, como ela funciona e o que fazer caso encontre cobranças irregulares.

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A medida atende decisões do TCU e da Justiça
A suspensão dos descontos de empréstimos consignados segue a orientação do Tribunal de Contas da União (TCU) e também atende a uma decisão liminar expedida em uma ação civil pública. Ambas as decisões cobram maior transparência e controle nas averbações de empréstimos.
O despacho foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) e determina que nenhum novo desconto seja feito automaticamente. De agora em diante, os beneficiários precisam solicitar o desbloqueio do serviço antes de contratar um consignado. Esse novo modelo visa impedir cobranças indevidas ou fraudulentas.
O TCU, em decisão unânime, também manteve suspensos os descontos relacionados a associações em aposentadorias e pensões. A corte rejeitou os recursos apresentados tanto pelo INSS quanto por entidades representativas, reforçando a necessidade de proteger os aposentados.
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Fraude no INSS envolve associações e consignados
As investigações mais recentes da Polícia Federal, em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), revelaram um esquema de fraudes que envolvem descontos aplicados sem autorização nos benefícios pagos pelo INSS. As denúncias indicam que milhares de segurados tiveram filiações forçadas a associações, o que resultou em cobranças indevidas nos extratos mensais.
Além disso, a apuração aponta que diversas associações transferiram valores para empresas de crédito consignado, o que levanta suspeitas sobre a existência de parcerias para realizar os descontos. Essas ações ocorreram sem conhecimento ou permissão dos beneficiários, o que reforça o caráter abusivo das práticas adotadas.
De acordo com estimativas iniciais, cerca de 4,1 milhões de pessoas podem ter sido afetadas. O prejuízo pode chegar a R$ 6,3 bilhões, valor referente a descontos irregulares realizados nos pagamentos de aposentados e pensionistas ao longo de 2023. Esse número revela a gravidade da situação e a necessidade urgente de controle.
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Empréstimos consignados sob suspeita
A suspeita de irregularidade não se limita às associações. A investigação também identificou contratos de empréstimos consignados realizados sem que os beneficiários tivessem plena ciência das condições envolvidas. Em muitos casos, os segurados sequer sabiam que haviam contratado crédito.
Segundo os dados da própria Previdência, somente em 2023, o valor liberado em consignados ultrapassou os R$ 90 bilhões. No entanto, parte significativa desse montante pode estar vinculada a operações suspeitas. A ligação entre empresas de consignado e as associações investigadas indica que o esquema pode ter sido maior do que se imaginava.
Diante disso, o bloqueio imposto pelo INSS serve também como medida de prevenção. Ele interrompe novas operações até que se estabeleçam normas mais rigorosas para a autorização de descontos nos benefícios pagos. Essa cautela busca impedir que mais pessoas sejam vítimas de fraudes ou cobranças indevidas.
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Como saber se houve descontos indevidos no seu benefício?

Se você recebe aposentadoria ou pensão, é importante verificar seu extrato de pagamento com frequência. O documento pode ser acessado pelo site ou aplicativo Meu INSS, além do atendimento telefônico no número 135. Verifique se há lançamentos de descontos de empréstimos consignados que você não reconhece.
- Site Meu INSS: https://www.meu.inss.gov.br/
Caso identifique valores suspeitos, entre em contato com o INSS imediatamente. Em muitos casos, é possível contestar os lançamentos e solicitar a suspensão das cobranças. Além disso, vale registrar uma reclamação na ouvidoria e, se necessário, buscar apoio jurídico.
Você também pode solicitar o bloqueio definitivo para novas averbações, o que impede a realização de qualquer novo desconto até que você mesmo autorize. Essa atitude oferece uma camada extra de segurança e reduz as chances de novos prejuízos.
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