Veja qual é o jeito certo de usar o papel higiênico para se limpar

Quando o assunto é higiene íntima, a questão se inunda em polêmicas, pois o delicado tema é evitado ao máximo, seja por vergonha, seja por acharem que é um tema pessoal demais para ser debatido com qualquer pessoa. Mas a realidade é que usar o papel higiênico da maneira correta após ir no banheiro é de extrema importância para a saúde de qualquer pessoa. A seguir, entenda a maneira correta de se limpar e os riscos de uma higiene inadequada.

Aprenda a usar o papel higiênico da maneira correta e evite problemas a sua saúde.
Aprenda a usar o papel higiênico da maneira correta e evite problemas a sua saúde. | Imagem: Alexas_Fotos / pixabay.com

Papel higiênico e seus tabus

Falar sobre a higiene íntima é ainda é um tema repleto de tabus e preocupações. No entanto, é fundamental desmistificar esse assunto. Recentemente, a fisioterapeuta pélvica Camila Gutz ganhou destaque ao compartilhar um vídeo nas redes sociais, em que oferecia orientações sobre a limpeza adequada do bumbum na hora de fazer o famoso “número 2”, acumulando mais de 1 milhão de visualizações.

No vídeo, ela enfatizava a importância de uma higiene detalhada, que envolve afastar as nádegas e não se restringir apenas à superfície. Camila Gutz recomendava, ao abrir as nádegas, passar suavemente o dedo ao redor das áreas de dobra, onde as sujeiras internas costumam se acumular.

Essa prática, segundo ela, não somente ajuda a prevenir odores desagradáveis, mas também é mais eficaz do que simplesmente usar sabonete e realizar uma limpeza superficial. A seguir, conheça mais recomendações de especialistas sobre a maneira correta de se limpar a região do ânus ao defecar.

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Nem sempre é hora de usar o papel higiênico

A coloproctologista Larissa Berbert, em entrevista ao VivaBem, corroborou a eficácia dessa técnica. Ela enfatizou que muitas pessoas têm receios infundados em relação ao toque na região anal e reforçou a importância da higiene.

O momento do banho foi destacado como ideal devido à disponibilidade de água limpa. Larissa ressaltou que muitas pessoas não realizam a limpeza com a devida atenção, muitas vezes devido a tabus sociais, e frisou a importância de superar essas barreiras, lembrando que se trata do nosso próprio corpo.

Para além do banho, a especialista recomendou evitar o uso excessivo de papel higiênico. Esse conselho se deve ao fato de que o papel higiênico frequentemente não consegue remover todos os resíduos, que podem ser irritantes para a pele. Além disso, seu uso inadequado pode agravar sintomas de condições como fissuras e hemorroidas. Além disso, o contato do papel com a vagina pode resultar em infecções urinárias.

Alternativas para uma higiene melhor

Larissa Berbert indicou que a limpeza com água e sabonete é a abordagem mais apropriada. A ênfase estava em deixar a região completamente seca, sem depender exclusivamente do papel higiênico, que pode ser abrasivo para a pele sensível da área. Ela alertou para possíveis problemas como dermatites e inflamações de hemorroidas, que podem ser agravados pela má higiene.

O uso de lenços umedecidos foi considerado uma opção viável para melhorar a higiene anal, embora seja recomendado evitar produtos com fragrâncias fortes, especialmente para pessoas propensas a alergias. Utilizar papel higiênico umedecido também foi mencionado como uma alternativa eficaz para minimizar o atrito e proporcionar uma limpeza mais delicada.

Riscos na higiene inadequada

A falta de higiene adequada na região anal pode acarretar em problemas crônicos, conforme ressaltou a coloproctologista. Complicações como dermatites intensas, agravadas pela coceira, podem surgir e dificultar a identificação de lesões mais graves, inclusive cânceres, no local.

Em resumo, a higiene anal correta e cuidadosa é essencial para a saúde e o conforto. Superar os tabus e adotar práticas higiênicas adequadas são passos importantes para manter a região limpa e livre de complicações. Portanto, estar informado sobre as melhores práticas é crucial para garantir o bem-estar e a saúde a longo prazo.

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*Com informações do VivaBem.