
O último relatório do IPCA mostra aceleração nos preços, impulsionada por alimentos e serviços. Entenda o que está por trás da escalada e como proteger o poder de compra familiar.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado o termômetro oficial da inflação no Brasil, registrou uma nova alta, sinalizando que a pressão sobre os preços não cede no final de 2025. O dado mais recente coloca em alerta o Banco Central e, principalmente, o bolso do brasileiro.
O principal motor desse aumento de preços tem sido, mais uma vez, os alimentos e bebidas. Fatores como a sazonalidade, questões climáticas que afetam grandes culturas agrícolas e a alta nos custos de produção (especialmente energia e combustíveis) se somam para encarecer os produtos básicos.
A Inflação além da Alimentação
Além da comida, que impacta diretamente as famílias de menor renda, outros setores também contribuem para a escalada do IPCA:
- Serviços: Com a recuperação do mercado de trabalho e o aumento da demanda, serviços como transportes e lazer têm reajustado seus preços.
- Energia e Combustíveis: A flutuação internacional do preço do petróleo e as mudanças nas bandeiras tarifárias elevam o custo da energia elétrica e dos combustíveis. O repasse desses custos é imediato para o frete, que por sua vez, encarece todos os produtos.
O Impacto Direto no Poder de Compra
Para o cidadão comum, a alta do IPCA significa a perda do poder de compra. O salário, embora possa ser reajustado anualmente pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), geralmente não acompanha a velocidade da inflação nos itens essenciais.
Se a inflação persistir, cresce a pressão para que o Comitê de Política Monetária (Copom) mantenha ou até eleve a taxa Selic. Isso encarece o crédito e os empréstimos, freando a economia, mas visa controlar a alta generalizada de preços. Acompanhar a próxima decisão do Copom é vital para entender o rumo da economia em 2026.
