Novos dobráveis da Samsung são mais finos e leves que a Apple

Na última quarta-feira, a Samsung lançou seus novos smartphones dobráveis, o Galaxy Z Fold 7 e o Galaxy Z Flip 7, durante um evento em Brooklyn, Nova York. Esses lançamentos destacam a diferença entre a Samsung e a Apple, já que esta última ainda não oferece modelos dobráveis.

O Z Fold 7 apresenta um design extremamente fino, fruto de aprendizados da Samsung na fabricação de seu modelo Galaxy S25 Edge, enquanto o Z Flip 7 ganhou uma tela externa maior, chamada de FlexWindow, que permite visualizar mais aplicativos em operação.

Ambos os smartphones, que rodam o sistema Android, contam com diversas funcionalidades de inteligência artificial. Isso inclui o assistente Gemini, da Google, e recursos de IA desenvolvidos pela própria Samsung. No entanto, assim como os modelos anteriores, esses novos aparelhos têm um ponto negativo: o preço. O Z Fold 7 tem um valor inicial de 1.999 dólares e o Z Flip 7 parte de 1.099 dólares. Esse custo elevado pode afastar muitos consumidores, mesmo com as melhorias significativas em relação a versões anteriores.

O Z Fold 7, quando fechado, tem uma espessura de 8,9 milímetros, similar ao Galaxy S25 Ultra. Quando aberto, cada lado mede apenas 4,2 milímetros, ligeiramente mais espesso do que uma porta USB-C. Essa compactação é crucial para mostrar que um smartphone com tela dobrável não precisa ser volumoso. Para quem já utiliza a linha Fold desde seu lançamento em 2019, a nova versão está mais próxima de um celular normal em tamanho e peso.

Além disso, a Samsung ampliou a largura da tela frontal do Z Fold 7, facilitando o envio de mensagens e a realização de videoconferências. A tela interna cresceu de 7,6 polegadas para 8 polegadas, proporcionando mais espaço para assistir Netflix, acessar vários aplicativos ao mesmo tempo e usar programas como Excel.

Nos quesitos de câmera, o Z Fold 7 traz um conjunto poderoso, com uma câmera principal de 200 megapixels, uma ultra-angular de 12 megapixels e uma telefoto de 10 megapixels com zoom óptico de até 3x. O dispositivo é alimentado pelo processador Snapdragon 8 Elite da Qualcomm e vem com uma bateria de 4.400 mAh, que, segundo a Samsung, possibilita até 24 horas de reprodução de vídeo, embora esse tempo exato possa variar de acordo com o uso.

Já o Galaxy Z Flip 7, embora não tenha uma tela principal tão grande quanto a do Fold, oferece uma boa experiência em um formato compacto. O modelo não é tão fino quanto o Fold, mas seu design tipo “flip” compensa essa diferença. A tela exterior, agora chamada de FlexWindow, teve um aumento de 3,4 para 4,1 polegadas, facilitando a visualização de aplicativos e a captura de selfies usando o modo Flex.

Internamente, o Z Flip 7 tem uma tela de 6,9 polegadas, um upgrade em relação aos 6,7 polegadas do modelo anterior. O dispositivo também inclui uma câmera grande-angular de 50 megapixels e uma ultra-angular de 12 megapixels, além de uma câmera frontal de 10 megapixels.

O Z Flip 7 é descrito como um celular mais descontraído, ideal para o uso social, enquanto o Z Fold 7 é visto como mais voltado para produtividade. Ambos os modelos têm várias funcionalidades de inteligência artificial, como a ferramenta “Circle to Search”, que permite ao usuário circular um item na tela e buscar informações sobre ele.

Embora as ferramentas de IA estejam presentes, elas não são um grande atrativo por si só. Muitos usuários ainda priorizam melhorias físicas, como aparelhos mais finos, telas maiores, baterias duráveis e câmeras de alta qualidade, e a Samsung atendeu a essa demanda com os novos Fold e Flip.

A Samsung enfrenta concorrência significativa no mercado de celulares dobráveis, com produtos de empresas como Motorola e fabricantes chineses, como Xiaomi e Huawei. Além disso, rumores indicam que a Apple está desenvolvendo um iPhone dobrável previsto para 2027. Apesar de os smartphones dobráveis ainda representarem uma pequena fração das vendas globais de celulares, as inovações da Samsung demonstram que esses aparelhos estão se tornando mais práticos e acessíveis. No entanto, para conquistar uma fatia maior do mercado, a empresa precisará considerar uma redução nos preços.