Nova autópsia de Juliana Marins revela detalhes sobre sua morte

Acidente Fatal no Monte Rinjani: Juliana Marins Morre Após Queda

No dia 21 de junho, a publicitária Juliana Marins sofreu um trágico acidente enquanto caminhava no Monte Rinjani, na Indonésia. O corpo dela foi encontrado quatro dias depois, a uma distância de até 600 metros da trilha original. Marins caiu por volta das 6h da manhã, horário local, o que corresponde a 19h de Brasília no dia anterior.

O laudo preliminar divulgado pelo Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro apontou como causa da morte uma hemorragia interna decorrente de múltiplas lesões traumáticas. Foram constatadas fraturas graves na pelve, tórax e crânio, além de sinais de ressecamento ocular e lesões musculares. No entanto, os legistas não conseguiram determinar se fatores como desorientação ou hipotermia influenciaram na morte dela.

A condição do corpo, que havia sido embalsamado antes do transporte para o Brasil, dificultou a análise precisa do momento da morte. Especialistas estimam que Juliana pode ter sobrevivido por cerca de 15 minutos após o impacto inicial que causou as lesões.

Imagens de turistas captadas por drones mostraram Juliana, ainda com vida, sentada na encosta algumas horas após a queda. As equipes de resgate enfrentaram dificuldades devido ao terreno acidentado e ao mau tempo. Inicialmente, ela foi localizada a 200 metros da trilha, mas após dias de buscas, foi encontrada em um local mais profundo.

Em 27 de junho, a autópsia realizada na Indonésia confirmou que Juliana havia sofrido um trauma contundente, resultando em significativos danos aos órgãos internos e hemorragia. O médico forense responsável pela autópsia observou que não havia evidências de que a morte tenha ocorrido em um período prolongado após os ferimentos.

A família de Juliana entrou com um pedido na Justiça para garantir uma nova perícia no Brasil. Além da análise feita pela Polícia Civil, um perito particular foi contratado. Os resultados preliminares do IML do Rio de Janeiro foram considerados inconclusivos com relação aos fatores que poderiam ter contribuído para o acidente.

Juliana Marins não foi a primeira pessoa a sofrer um acidente sério no Monte Rinjani. Nos últimos anos, têm ocorrido incidentes semelhantes, levantando preocupações sobre a segurança nas trilhas e a necessidade de um melhor monitoramento e estrutura de apoio para os alpinistas. O chefe do Parque Nacional do Monte Rinjani, Yarman Wasur, destacou a urgência de implementar medidas de segurança, como cercas e cordas em trechos perigosos, e a necessidade de informar os alpinistas sobre rotas arriscadas.

Embora mudanças tenham sido propostas e algumas medidas de segurança já implementadas, o acidente de Juliana gerou um debate intenso sobre a segurança e a preparação necessária para escalar o Monte Rinjani, que é visto como um desafio, especialmente para iniciantes. A gestão do parque revisou recentemente os procedimentos operacionais padrão e afirmou que continuará a monitorar e melhorar as condições de segurança para todos que frequentam a área.

O caso de Juliana Marins é um lembrete trágico das dificuldades e perigos que podem surgir durante atividades de alpinismo, mesmo em locais frequentemente visitados por turistas.