
A MG está movimentando o mercado com uma novidade interessante: o hatch elétrico MG4 vai receber uma atualização em 2025. A grande sacada dessa mudança é a nova bateria semi-sólida desenvolvida pela QingTao Energy, que promete democratizar a tecnologia de baterias elétricas, tirando-a do patamar dos carros de luxo e trazendo para modelos que a galera pode realmente adquirir.
Essa bateria tem uma capacidade de 70 kWh e uma densidade de energia de 180 Wh/kg, permitindo uma autonomia de até 537 km no ciclo chinês CLTC. É verdade que esse desempenho pode parecer modesto se comparado aos modelos mais sofisticados, mas a proposta da MG é clara: equilibrar custos, segurança e um bom desempenho, especialmente em temperaturas mais baixas. Quem já encanou em frio intenso sabe como uma bateria que segura a onda faz toda a diferença.
O mais bacana é que essa bateria semi-sólida utiliza apenas cerca de 5% de eletrólito líquido. Isso a torna mais segura, evitando sobreaquecimentos, e proporciona uma performance melhor em climas frios, além de ser estruturalmente mais estável que as baterias de íon-lítio convencionais. Sabe aquele frio cortante que chega nas madrugadas? Essa bateria promete dar conta do recado.
A tecnologia da QingTao já passou por testes rigorosos, incluindo perfurações por todos os ângulos, e mostrou que retém 13,8% a mais de autonomia a -7°C do que as tradicionais de fosfato de ferro-lítio (LFP). Isso vai ao encontro do que muita gente procura: funcionalidade e segurança.
Embora a MG não tenha revelado todos os segredos sobre a composição química da bateria, especialistas especulam que ela adota o LFP, priorizando durabilidade e um custo mais acessível, principalmente em regiões frias. É aquela história: não é só sobre ser potente, mas sobre ser prático para o dia a dia.
A verdade é que, por enquanto, outras marcas chinesas com baterias semi-sólidas ainda estão limitadas. O NIO ET5, por exemplo, tem uma opção de 150 kWh que oferece mais de 1.000 km de autonomia, mas vem somente para locação. Já o IM L6 da IM Motors também tem um alcance de 1.000 km, mas é produzido em escala reduzida.
Vale lembrar que a densidade de energia não é tudo. O grande destaque da bateria do MG4 está na segurança e no uso reduzido de eletrólito líquido, garantindo uma estrutura mais estável. Enquanto isso, as semi-sólidas buscam unir o melhor de dois mundos: a segurança das baterias sólidas e a praticidade das líquidas. Embora ainda não cheguem à receita perfeita de mais de 300 Wh/kg das sólidas, elas têm uma estrutura mais segura e são mais fáceis de serem produzidas.
Com a produção em massa prevista para começar em 2025 na China, o MG4 se destaca por ser um dos primeiros modelos populares a trazer essa tecnologia. Isso pode abrir portas para uma nova geração de baterias acessíveis no mercado automotivo.
A jogada da MG é bem clara: em vez de se perder na competição com supercarros elétricos, o foco é oferecer inovações reais de segurança e desempenho para o público geral. É um passo legal rumo à popularização dessas novas tecnologias no mundo dos carros, que não só vai beneficiar quem ama dirigir, mas também a indústria como um todo.