
Recentemente, a Nissan anunciou que vai fechar sua antiga fábrica em Civac, no México, até março de 2027, marcando o fim de uma era de quase 60 anos para a montadora. Essa unidade foi a primeira que a empresa operou fora do Japão e tem uma história rica, sendo responsável pela produção de milhões de veículos.
A planta de Civac, localizada no sul do México, não é apenas um símbolo da expansão global da Nissan, mas também um marco importante para a economia local, gerando milhares de empregos. No entanto, com o passar dos anos, a estrutura ficou defasada e não é mais tão viável economicamente. Com capacidade reduzida — de 80 mil pickups produzidas no último ano, operando a menos de um terço de sua capacidade total — a Nissan decidiu concentrar sua produção em fábricas mais modernas, como as de Aguascalientes.
Além do fechamento da Civac, a Nissan vai encerrar sua parceria com a Mercedes-Benz na fábrica COMPAS, onde produzem modelos crossover. O último modelo que sairá de lá será o GLB no início do próximo ano. Com essas mudanças, a Nissan espera reestruturar sua operação e reduzir a capacidade em quase 30%, refletindo uma queda nas vendas globais que beira os 40% desde o início da pandemia.
E se você já pegou o carro para uma viagem mais longa, pode entender a importância de uma produção eficiente e moderna. Imagine como é frustrante saber que um carro popular como o Nissan Frontier acaba sendo produzido em uma fábrica com capacidade tão subutilizada, especialmente quando tinha números bem melhores, como a produção de 294 mil veículos em 2016.
Embora o fechamento da Civac vá gerar um impacto significativo, o caminho está se abrindo para novos interesses. Companhias chinesas, como BYD e SAIC, estão de olho na planta, buscando oportunidades. Para essas montadoras, a Civac poderia oferecer um “primeiro passo econômico” para produção local, já que uma nova fábrica exigiria investimentos muito maiores.
Além disso, é bom lembrar que a Nissan também enfrenta pressões políticas e tarifárias. As taxas impostas pelo governo dos EUA sobre carros fabricados no México criaram um clima instável, forçando a empresa a parar de fabricar certas versões dos modelos Sentra e Kicks que não estavam dando lucro.
Essa transição mostra que o mercado automotivo está em constante movimento, e quem ama carros pode perceber como essa dinâmica afeta a produção e a disponibilidade dos veículos que gostamos de dirigir.