
O Senado dos Estados Unidos está avançando em um projeto de lei que visa impor novas sanções à Rússia, especialmente devido à continuidade da guerra na Ucrânia. A proposta, que conta com amplo apoio entre os senadores, inclui a aplicação de tarifas de até 500% sobre países que mantêm relações comerciais com a Rússia, o que pode impactar negativamente na economia de nações como o Brasil.
Com a crescente frustração do presidente americano, Donald Trump, em relação ao líder russo, Vladimir Putin, as sanções se tornam uma ferramenta fundamental para pressionar Moscou. O senador Lindsey Graham comentou que a nova legislação permitirá ao governo dos EUA atacar a economia russa e aqueles que apoiam a “máquina de guerra” de Putin. Ele destacou que países como China, Índia e Brasil podem ser diretamente afetados pelas medidas comerciais.
Segundo Graham, o projeto é parte de uma estratégia que também incluiria o aumento do envio de armas para a Ucrânia. Ele enfatizou que a medida é uma resposta necessária ao contexto da guerra, que está em constante evolução.
Trump, apesar de não ter anunciado novas sanções desde seu retorno à presidência, expressou sua expectativa de que o Senado aprovará o projeto que propõe as novas tarifas. A legislação permitiria ao presidente penalizar parceiros comerciais dos EUA que realizem compras de petróleo, gás e outros produtos russos.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, elogiou a proposta, afirmando que é um apoio crucial que pode ajudar no processo de paz e tornar a diplomacia mais significativa.
Na quarta-feira passada, o líder da maioria no Senado, John Thune, anunciou que a votação sobre as novas sanções deve ocorrer ainda neste mês e que aproximadamente 85 senadores estão a favor das medidas. Ele afirmou que os republicanos estão dispostos a colaborar com a Câmara dos Representantes e a Casa Branca para garantir que a legislação seja aprovada.
Entretanto, alguns membros do governo expressaram ceticismo quanto à eficácia das novas sanções. O Secretário de Estado, Marco Rubio, mencionou que Trump acreditava que a Rússia poderia desistir das negociações se fosse ameaçada com mais sanções. A briga entre diplomacia e pressão econômica reflete as complexidades enfrentadas pelos EUA em relação à Rússia e ao conflito na Ucrânia.