
Presença de Onças em Corumbá: Menos Avistamentos e Medidas de Segurança
Recentemente, moradores de Corumbá têm encontrado pegadas de onças-pintadas, especialmente nas áreas próximas ao Rio Paraguai e ao Canal do Tamengo. Embora ainda haja registros de rastros, a frequência das aparições dos felinos diminuiu em comparação com as últimas semanas. Isso se deve, segundo especialistas, às ações implementadas por uma força-tarefa que atua na região.
A força-tarefa, que envolve o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Polícia Militar Ambiental e a Fundação de Meio Ambiente do Pantanal, intensificou as rondas noturnas na área. Além das patrulhas, foram instalados repelentes luminosos e a iluminação pública foi melhorada, o que pode estar contribuindo para manter os animais à distância das residências.
Desde o início do monitoramento, foi observado que os ambientes com bastante lixo e pouca iluminação eram atrativos para as onças, que buscavam alimento. A comunidade recebeu recomendações para evitar transitar à noite e para manter os animais de estimação seguros. As medidas de limpeza do matagal e a coleta de lixo três vezes por semana também têm ajudado a reduzir a presença dos felinos nas áreas habitadas.
Apesar da redução nos incidentes, o medo entre os moradores persiste. Durante as últimas semanas, houve relatos de ataques a animais domésticos, como cães e gatos. Técnicos do Ibama e da fundação estiveram em áreas como a Cacimba e o Mirante da Capivara, onde confirmaram a presença de pegadas, mas sem registros de ataques recentes.
Os técnicos continuam monitorando a situação e realizando reuniões com os moradores para orientações e atualizações. De acordo com Fabiane Gonçalves, responsável pelo Núcleo de Fauna do Ibama, a força-tarefa seguirá ativa até que as águas baixem, o que deve levar as onças de volta ao seu habitat natural.
Moradores, como Elaine Morais, expressaram suas preocupações. Elaine comentou sobre um encontro próximo com uma onça, que aconteceu a poucos metros de sua casa. “Naquela noite, a onça matou um cachorro nosso e depois voltou para pegar outro”, relatou. Ela destacou que era raro ver onças na região e que a situação atual gera grande apreensão.
A comunidade segue atenta aos avisos das autoridades e é monitorada de perto para garantir a segurança de todos os residentes. As ações da força-tarefa têm mostrado resultados positivos, mas a colaboração da população continua essencial para coibir a aproximação dos felinos.