
Com a popularização dos carros eletrificados, muitos de nós ainda ficamos em dúvida: será que um híbrido tradicional é mais vantajoso ou é melhor partir para um plug-in, que geralmente custa mais? Para complicar um pouco, o mercado está cheio de termos confusos, como "super híbrido".
Para dar uma luz no assunto, a Toyota encomendou um estudo na Itália, comparando o comportamento de dois modelos: o híbrido comum e o plug-in, ambos da linha C-HR. Aqui no Brasil, a única opção plug-in da Toyota é o RAV4 PHEV, que tá na faixa de R$ 402.420. Um preço que faz a gente pensar duas vezes, não é mesmo?
Esse estudo envolveu um time de especialistas, incluindo a Universidade Guglielmo Marconi e a ENEA, com o objetivo de medir o consumo, a autonomia e os custos reais de uso de ambos os modelos. Para quem costuma dirigir em diversas condições, essa comparação é bem relevante.
100 milhões de dados coletados
Imagina só: foram 111 motoristas, oito C-HRs (quatro híbridos e quatro plug-ins) e quase 30.000 km rodados! O estudo foi feito em rotas urbanas e autoestradas na Itália, e coletaram mais de 93 milhões de medições. Para quem já ficou preso em um engarrafamento, sabe o quanto isso é importante para entender como cada modelo se comporta na cidade e na estrada.
Os motoristas enfrentaram trechos com muito congestionamento e outros em alta velocidade. Nos dados coletados, a média de velocidade foi de cerca de 26 km/h em ambientes urbanos e 100 km/h nas rodovias. E pensa que só foram alguns testes? Foram mais de 500! O nível de detalhes é impressionante.
Qual consome menos? (e quanto)
Os carros totalmente híbridos, como o C-HR, brilham no trânsito da cidade. Com o motor de combustão desligado na maior parte do tempo, dá pra aproveitar bastante a autonomia do motor elétrico. O estudo mostrou que, nas áreas urbanas, o C-HR Híbrido ficou com o motor desligado 83,7% do tempo. Isso é ótimo para economizar combustível!
O consumo médio ficou em 21,46 km/l na cidade, e 24,33 km/l em vias expressas. Já nas rodovias, caiu para 18,35 km/l.
Agora, falando do C-HR Plug-in, sua bateria de 13,6 kWh gera uma autonomia de cerca de 64,5 km na cidade se totalmente carregado. Porém, quando a bateria acabava, o consumo se igualava ao do híbrido convencional. Assim, nas estradas ele até se sai melhor em algumas situações.
E chega a ser interessante: os dados mostram que na cidade, o plug-in rodou com o motor desligado 83,6% do tempo. Mas o consumo dele ficou em 19,72 km/l na cidade, 20 km/l em vias expressas, e 18,76 km/l nas rodovias.
Plug-in vale a pena? Depende de como você recarrega
Todo entusiasta de carro sabe que tudo depende de como você utiliza seu veículo. E para os modelos plug-in, a forma de recarga é fundamental. Se você recarregar em casa, a economia é considerável. Mas se depender de postos de recarga, o custo sobe bastante.
O estudo mostrou que, se você tem um sistema fotovoltaico, a economia pode ser extrema. Famílias que podem recarregar em casa quase não gastam. Mas, se depender de estações públicas, os custos aumentam, com uma diferença significativa no custo-benefício.
Em resumo, essa pesquisa deixa claro que os híbridos plug-in têm seu valor, mas só se você tiver acesso a uma forma de recarregar em casa. Caso contrário, o investimento pode não vale a pena.
Para quem realmente busca compreender o custo e benefício de cada tipo de carro, essas informações ajudam a tomar uma decisão mais consciente na hora da compra.