
A Nissan está passando por uma fase complicada. Durante a sua última reunião em Yokohama, o novo CEO, Ivan Espinosa, revelou um prejuízo de US$ 1,38 bilhão no primeiro trimestre e anunciou que os dividendos foram suspensos. A assembleia contou com a presença de 1.071 acionistas, muitos dos quais não economizaram nas críticas à gestão anterior.
Espinosa aproveitou a oportunidade para confirmar algumas mudanças na liderança. O ex-CEO Makoto Uchida e o presidente do conselho da Renault, Jean-Dominique Senard, foram afastados do conselho da Nissan. Essa troca é um passo importante para tentar renovar o comando da empresa e reverter a crise financeira que a marca enfrenta.
Uma das críticas que surgiu nas discussões foi sobre a indicação de Uchida. Um acionista chegou a sugerir a saída dos diretores responsáveis por sua nomeação, mas a proposta foi rejeitada pelo conselho, que decidiu manter os atuais membros nos seus postos. Mudando um pouco de assunto, para quem está de olho nos lançamentos, vale destacar que o Novo Nissan Kicks 2026 já chegou ao Brasil e está disponível a partir de R$ 199.990.
Não faltaram insatisfações em relação aos cortes de empregos. Um dos acionistas apontou que a empresa parece transferir a culpa da crise para os trabalhadores, enquanto os executivos continuam com seus cargos. Para piorar, a suspensão dos dividendos deixou muitos ainda mais incomodados.
Em meio a essa turbulência, uma proposta para revisar a situação da subsidiária Nissan Shatai foi rejeitada, sinalizando um movimento mais amplo no setor automotivo japonês, que busca reestruturar a governança das empresas.
No ano fiscal passado, a Nissan acumulou um prejuízo de US$ 4,5 bilhões. Esse resultado vem de decisões que não deram certo, como a tentativa de fusão com a Honda, além de cortes drásticos que levaram ao fechamento de sete fábricas e à demissão de 20 mil funcionários. Se você está curioso sobre as estratégias da Nissan, pode ficar de olho nas abordagens que estão sendo discutidas nas assembleias futuras.