Nissan Murano enfrenta estoques elevados e redução na produção

A Nissan está passando por um aperto com o Murano, que está tentando se manter firme no mercado, mas sem muito sucesso. Apesar de um crescimento surpreendente de 84,1% nas vendas no primeiro trimestre deste ano, com 8.702 unidades vendidas nos Estados Unidos, esse fôlego parece ter esgotado.

Agora, os estoques do Murano estão mais altos do que o desejado, com uma média de 153 dias, bem diferente dos 133 dias que víamos em março. E o que isso significa? Que as concessionárias estão tendo dificuldades para vender o SUV, e para tentar consertar a situação, a Nissan anunciou que vai reduzir a produção em 21%. Para dar um empurrão nas vendas, a marca também está oferecendo bônus de até US$ 2.000 para revendedores que estiverem dispostos a comprar mais unidades.

Esse não é um problema apenas da Nissan. O Toyota Crown Signia, que também se posiciona no mercado de SUVs urbanos e sofisticados, também viu suas vendas caírem, com apenas 2.806 unidades vendidas no mesmo período.

Uma das questões que pesa no bolso dos consumidores é o preço do Murano, que começa em US$ 40.470. Por ser um SUV menor que o Pathfinder, ele acaba competindo em uma faixa de preço que, vamos combinar, é quase de luxo. E o que seria de um carro nesse segmento sem um bom pacote de equipamentos? Bem, o Murano entrega isso, mas deixa a desejar em algumas áreas, como na ausência do ProPILOT Assist 2.1, que está no Rogue, um modelo mais em conta. É como ter um carro quase completo, mas faltar aquele detalhe que conta, sabe?

E tem mais: a falta de uma versão híbrida também é uma grande crítica. No mercado atual, onde muitos procuram opções mais ecológicas, essa decisão pode fazer com que a Nissan perca um público considerável. O motor 2.0 VC-Turbo entrega 241 cv e 352 Nm de torque, mas parece que parte do público — principalmente mulheres de meia-idade que são grandes compradoras desse modelo — gostaria de uma opção híbrida.

A Nissan confessou que foi um pouco otimista ao projetar as vendas e, claro, produziu mais do que o esperado. Agora, além de cortar a produção, estão reforçando agora os incentivos para puxar as vendas. Mas é aí que a história toma um rumo interessante: a marca também informou aos fornecedores que a atualização do Murano, que estava prevista para 2028, foi adiada. O destino do carro deve ser discutido no próximo mês.

Se o apetite por veículos elétricos continuar a subir, a Nissan já sinalizou um futuro promissor: um lançamento de veículos elétricos com baterias de estado sólido em 2028 pode ser o caminho para recuperar a preferência do público. É sempre bom ficar de olho nas inovações, não é mesmo?