Se você tem ESTES sobrenomes, já pode tirar sua cidadania italiana!

Alguns sobrenomes populares no Brasil podem abrir portas mais facilmente para cidadãos que querem obter a cidadania italiana.

A cidadania representa o vínculo jurídico que liga um indivíduo a um Estado, garantindo a ele direitos civis, políticos e sociais, bem como o dever de cumprir as leis daquele país. Ou seja, não é só para aproveitar, mas é também para aprender com os costumes.

Ter uma segunda cidadania, especialmente a italiana, permite acesso a uma série de benefícios, como a possibilidade de morar, trabalhar e estudar legalmente em qualquer um dos países da União Europeia. Além disso, facilita a entrada em diversas nações sem a necessidade de visto.

Diante disso, muitos brasileiros com ascendência italiana buscam esse reconhecimento como forma de valorizar sua origem, conquistar mais liberdade internacional e transmitir esse direito às futuras gerações. Por isso, é sempre bom saber como funciona a emissão.

Alguns sobrenomes podem facilitar o acesso à cidadania italiana. Veja quais.
Alguns sobrenomes podem facilitar o acesso à cidadania italiana. Veja quais. / Fonte: @juliacasado1 / Pixabay

Quem tem direito à cidadania italiana?

O direito à cidadania italiana baseia-se no princípio do jus sanguinis, ou seja, o vínculo de sangue. Isso significa que os descendentes de italianos têm a possibilidade de solicitar o reconhecimento da cidadania, desde que consigam comprovar a linhagem ininterrupta com seus antepassados.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores da Itália (MAECI), qualquer pessoa pode iniciar esse processo, desde que nenhum antecessor tenha renunciado formalmente à cidadania e todos os documentos estejam em conformidade.

É importante observar que o sobrenome pode facilitar, mas não garantir o reconhecimento. Ter um sobrenome italiano muitas vezes contribui para o avanço do processo, pois pode indicar a origem regional da família, facilitando a localização de certidões em arquivos históricos.

No entanto, o fator determinante sempre será a documentação que comprove a descendência legítima com um cidadão italiano. A cidadania pode ser transmitida tanto pela linha paterna quanto materna, com exceções no caso de mulheres que tiveram filhos antes de 1948, quando a legislação ainda era restrita.

Quais sobrenomes dão direito à cidadania italiana?

Diversos sobrenomes tradicionalmente italianos costumam indicar maior probabilidade de elegibilidade à cidadania. Entre os mais reconhecidos estão:

  • Abate;
  • Abà;
  • Labate;
  • Abatino;
  • Abatantuono;
  • Abaterusso;
  • Abaticola;
  • Achilla;
  • Achille;
  • Achilleo;
  • Achillini;
  • Anesi;
  • Anesin;
  • Anesini;
  • Annes;
  • Annesi.

Esses nomes são fortemente associados a regiões como Calábria, Sicília, Vêneto e Lombardia. No entanto, mesmo com um sobrenome italiano, o solicitante precisa comprovar, com documentos oficiais, o vínculo direto com um antepassado nascido na Itália.

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Como dar entrada no processo de cidadania?

Para iniciar o reconhecimento da cidadania italiana, é necessário seguir uma série de etapas administrativas e reunir documentos que comprovem a ligação entre você e o seu ancestral italiano. O processo pode ser realizado no Brasil, por meio dos consulados italianos, ou diretamente na Itália.

A primeira etapa consiste na montagem da árvore genealógica, identificando o italiano que deu origem ao direito, chamado de dante causa. A partir disso, busca-se toda a documentação correspondente à linha de descendência, garantindo que não existam lacunas nem contradições nos registros civis.

Também é fundamental prestar atenção aos prazos e às exigências específicas de cada consulado. Alguns exigem agendamento prévio com anos de antecedência, devido à alta demanda, então é bom ligar para perguntar se é um procedimento necessário.

Além disso, é possível recorrer a ações judiciais na Itália, especialmente nos casos de linha materna anterior a 1948, em que o solicitante ainda pode ter seu direito reconhecido por meio da Justiça italiana. Com organização e orientação jurídica adequada, o processo pode avançar de forma mais eficiente.

Documentos necessários

  • Certidão de nascimento do antepassado italiano (em italiano, emitida pelo comune);
  • Certidões de nascimento, casamento e óbito de todos os descendentes, inclusive do requerente;
  • Certidões negativas de naturalização (prova de que o italiano não se naturalizou brasileiro);
  • Traduções juramentadas dos documentos para o italiano;
  • Apostilamento de Haia para cada documento;
  • Comprovante de residência e documentos pessoais do requerente.

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Qual o custo para tirar cidadania italiana?

O custo total do processo de cidadania italiana pode variar bastante, dependendo da forma como o requerente opta por conduzir o processo. No Brasil, os custos giram em torno de R$ 3 mil a R$ 10 mil, considerando taxas consulares, serviços de tradução juramentada, apostilamentos e honorários.

Já na Itália, os gastos podem ultrapassar 6 mil euros, somando despesas com aluguel, alimentação, assessoria local, taxas municipais e passagens aéreas. Apesar do investimento, muitos consideram o retorno vantajoso, especialmente por conta dos direitos adquiridos com o passaporte europeu.

Os custos também variam conforme a complexidade documental. Documentos antigos ou registros mal conservados podem demandar buscas específicas e até processos judiciais de retificação. Além disso, há variação nos prazos de resposta dos consulados, o que pode afetar os gastos com assessoria.

É possível tirar cidadania italiana de graça?

Sim, mas com ressalvas. O processo pode ser gratuito quando feito diretamente pelo consulado italiano no Brasil, desde que o requerente reúna todos os documentos por conta própria e evite gastos com intermediários.

No entanto, mesmo nesse cenário, será necessário arcar com taxas administrativas, traduções, certidões e autenticações. Além disso, os consulados trabalham com longas filas de espera, o que pode exigir anos de paciência até o agendamento e análise do pedido.

Assim, apesar de não existir uma cobrança direta para o reconhecimento da cidadania, o processo acaba implicando em custos indiretos que devem ser considerados. Ou seja, não é um procedimento gratuito, mas pode ser menos careiro.

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