
No Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou uma defesa com referências à narrativa negacionista sobre a ditadura militar. Ele buscou afastar as acusações de ter promovido um golpe semelhante ao que ocorreu em 1964. É importante lembrar que Bolsonaro tem um histórico de elogios à tortura, mas essa prática nunca lhe foi imposta.
Durante a sessão no STF, ele argumentou que suas ações não se comparavam ao golpe militar de 1964, mas sua defesa foi repleta de mentiras e distorções. Apesar disso, Bolsonaro frequentemente elogia figuras como o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, que foi acusado de comandar torturas durante a ditadura.
Em suas declarações, Bolsonaro usou uma linha de raciocínio comum entre os militares, defendendo a ideia de que as Forças Armadas atuaram na época como “salvadoras” do país, justificando o golpe como uma resposta a uma suposta ameaça de uma “ditadura do proletariado”. Essa narrativa busca legitimar a opressão e a violência que marcaram aquele período.
Na história do Brasil, muitos enfrentaram a brutalidade do regime militar, com torturas e assassinatos de opositores. Um exemplo é Soledad Barrett, uma mulher paraguaia que, aos 28 anos, foi presa e assassinada em 1973. Sua morte e a de muitos outros envolvem relatos de crueldade inimaginável, revelando a profundidade do horror causado por ações do Estado.
Os relatos sobre a morte de Soledad e o trauma causado por essas experiências são marcantes e revelam como as figuras que lutaram contra o regime militar muitas vezes enfrentavam a negativa da sociedade em reconhecer as atrocidades. Sua história, assim como a de muitos outros, continua a demandar memória e justiça.
As memórias desses tempos sombrios e as histórias das vítimas da ditadura devem ser preservadas e discutidas. O combate à opressão e à injustiça é crucial, assim como a luta contra ideologias que possam ressurgir e ameaçar a democracia. É importante reafirmar a necessidade de um compromisso com a verdade e um futuro sem violência estatal, promovendo sempre a justiça e a dignidade humana.