Qual a diferença entre diabetes e pré-diabetes? Entenda a gravidade da situação!

Ao receber um diagnóstico de pré-diabetes, muitas pessoas ficam assustadas. Contudo, ainda há algumas diferenças entre elas e a diabetes propriamente dita.

A diabetes figura entre as doenças crônicas que mais crescem no mundo, atingindo milhões de pessoas e exigindo mudanças significativas no estilo de vida. Essa condição afeta a maneira como o corpo processa a glicose, provocando alterações metabólicas que, quando não controladas, geram complicações sérias.

Entre elas estão doenças cardiovasculares, insuficiência renal, danos à visão e problemas neurológicos. O que muitos ignoram é que, antes de se instalar definitivamente, a diabetes frequentemente dá sinais por meio de uma fase conhecida como pré-diabetes.

Essa etapa, ainda reversível, indica que os níveis de açúcar no sangue já se encontram acima do normal, mas ainda não atingiram os critérios diagnósticos da doença. Por isso, reconhecer essa condição e agir rapidamente pode evitar o avanço e preservar a saúde a longo prazo.

Qual a diferença entre pré-diabetes e diabetes, afinal?

Muitas pessoas confundem os termos e acreditam que pré-diabetes e diabetes representam exatamente a mesma coisa, o que gera desinformação e atraso no cuidado adequado. Entender a diferença entre esses dois quadros é essencial para adotar medidas corretas e buscar orientação médica.

Ambos envolvem alterações nos níveis de glicose no sangue, mas cada estágio apresenta critérios distintos e exige abordagens específicas. A principal diferença entre pré-diabetes e diabetes está nos valores de glicemia.

A pré-diabetes é diagnosticada quando a glicose em jejum está entre 100 e 125 mg/dL ou quando o exame de hemoglobina glicada apresenta valores entre 5,7% e 6,4%. Já a diabetes é confirmada quando a glicemia de jejum ultrapassa 126 mg/dL ou quando a hemoglobina glicada fica igual ou superior a 6,5%.

Além disso, na fase de pré-diabetes, o corpo ainda consegue produzir insulina, mas já demonstra sinais de resistência a esse hormônio. Isso significa que o pâncreas trabalha de forma sobrecarregada para manter os níveis de glicose sob controle.

Por outro lado, na diabetes tipo 2, essa resistência se agrava e o organismo não consegue mais equilibrar a glicemia sem o uso de medicamentos ou insulina injetável. Portanto, enquanto a pré-diabetes ainda permite reversão com mudanças no estilo de vida, a diabetes exige controle permanente.

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Quais os riscos de apresentar pré-diabetes?

Conviver com a pré-diabetes sem acompanhamento médico ou mudanças nos hábitos pode trazer sérias consequências. Muitas pessoas ignoram esse diagnóstico por não apresentar sintomas visíveis, mas o corpo já sofre os impactos dessa alteração metabólica silenciosa.

Com o tempo, os vasos sanguíneos começam a se deteriorar, favorecendo o surgimento de doenças cardiovasculares e comprometendo a saúde de órgãos vitais como o coração, os rins e os olhos. Por isso, a pré-diabetes precisa ser encarada como um sinal de alerta.

Outro risco comum está relacionado ao desenvolvimento acelerado da diabetes tipo 2. Sem uma intervenção precoce, a maioria das pessoas com pré-diabetes evolui para o quadro crônico em poucos anos.

Além disso, essa condição costuma vir acompanhada de outros problemas, como obesidade abdominal, pressão alta e colesterol elevado, fatores que aumentam ainda mais o risco de complicações graves. Portanto, negligenciar esse estágio pode representar um erro com impactos duradouros.

Dá para fazer a doença reverter e não virar diabetes?

Sim, a boa notícia é que a pré-diabetes pode ser revertida, especialmente se for identificada precocemente. Ao adotar mudanças no estilo de vida, como reeducação alimentar, prática regular de exercícios físicos e controle do peso corporal, é possível normalizar os níveis de glicemia.

Isso pode reduzir drasticamente o risco de desenvolver diabetes tipo 2. Estudos mostram que até pequenas perdas de peso já trazem melhorias significativas na sensibilidade à insulina. Além disso, manter o estresse sob controle e realizar exames periódicos também ajuda na prevenção.

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Dicas para cuidar de uma pré-diabetes

  • Adote uma alimentação equilibrada e com baixo índice glicêmico: Priorize legumes, verduras, grãos integrais, proteínas magras e frutas com moderação, evitando açúcar refinado, farinhas brancas e alimentos ultraprocessados.
  • Pratique atividades físicas regularmente: Exercícios aeróbicos como caminhada, bicicleta ou natação ajudam a controlar a glicemia, aumentar a sensibilidade à insulina e favorecer a perda de peso.
  • Controle o estresse emocional: Altos níveis de estresse aumentam a produção de hormônios que elevam a glicose no sangue. Técnicas como meditação, respiração consciente e momentos de lazer ajudam a manter o equilíbrio.
  • Monitore sua glicemia com frequência: Fazer exames laboratoriais e acompanhar os níveis de glicose permite identificar oscilações precoces e ajustar a rotina antes que o quadro evolua.
  • Durma bem e respeite o ritmo do corpo: Noites mal dormidas alteram o metabolismo, favorecem o ganho de peso e desregulam os hormônios que controlam a saciedade e a glicose.

Manter hábitos saudáveis, mesmo diante da rotina acelerada, se mostra essencial para preservar a saúde e evitar que a pré-diabetes evolua para algo mais grave. Com atitudes simples e consistentes, é possível recuperar o equilíbrio metabólico e garantir mais qualidade de vida.

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