
Em 2025, as negociações para encerrar a guerra na Ucrânia ganharam novos ânimos com a volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. No entanto, ao final do ano, ainda persiste um impasse entre Rússia e Ucrânia. As conversas estão avançando, com a proposta de um plano de paz, mas as divergências continuam em temas críticos, como a recuperação das áreas ocupadas pela Rússia, sanções e a segurança da Ucrânia.
Durante uma coletiva de imprensa realizada no dia 19 de dezembro, o presidente russo Vladimir Putin afirmou que a Rússia está aberta a um acordo, mas com condições que beneficiem seus interesses. Ele ressaltou que a responsabilidade por um possível acordo recai sobre os líderes ucranianos e seus aliados ocidentais. Putin também expressou preocupação com a falta de disposição da Ucrânia para negociar, embora tenha notado alguns sinais de que o governo de Kiev poderia estar buscando diálogo.
Enquanto isso, as tropas russas continuam avançando em várias frentes, com Putin destacando que as forças inimigas estão recuando em diversos pontos. Sua postura combina uma ofensiva militar com uma pressão diplomática sobre o Ocidente.
Por outro lado, a Ucrânia mostrou algum abertura para concessões, como a possibilidade de novas eleições, a decisão de não se juntar à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), e a realização de um referendo sobre as regiões ocupadas. Contudo, a segurança da Ucrânia permanece uma questão complexa e sem resposta clara nas atuais discussões.
Em 24 de dezembro, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky apresentou detalhes sobre um plano de paz que está sendo negociado com os EUA. Os principais pontos do plano incluem a reafirmação da soberania da Ucrânia, um acordo de não agressão com a Rússia, garantias de segurança de países ocidentais, a organização das Forças Armadas da Ucrânia e a adesão do país à União Europeia em um prazo determinado.
No entanto, algumas dessas propostas ainda carecem de clareza, especialmente em relação às disputas territoriais. Além disso, a situação atual reflete uma mudança na dinâmica do conflito, com a redução do apoio dos EUA e uma União Europeia que se mostra menos influente nas negociações.
A pesquisa da atual posição da Ucrânia é caracterizada por um aparente enfraquecimento em comparação com anos anteriores, segundo especialistas. Isso se deve à hesitação dos EUA em manter um suporte incondicional. Apesar de algumas expectativas de diálogo em torno da paz, o conflito ainda persiste com batalhas contínuas pela conquista de território.
Atualmente, cerca de 20% do território ucraniano está sob controle russo, e Moscou exige o reconhecimento de regiões como Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporozhye como parte de seu território. Embora haja algumas perspectivas de diálogo mais positivas, a realidade é que estamos longe de uma solução definitiva. O caminho até um cessar-fogo ainda é longo e repleto de desafios.

