
O primeiro voo direto de Moscou para Pyongyang, capital da Coreia do Norte, pousou nesta segunda-feira, 28, às 9h30, horário local. Esse novo serviço, operado pela companhia russa Nordwind Airlines, começará com um voo mensal, com a possibilidade de aumentar para dois voos por semana no futuro.
Na aeronave, que transportava uma delegação russa liderada pelo ministro dos Recursos Naturais, Alexander Kozlov, estavam representantes da comissão intergovernamental que trata de comércio, economia e cooperação científico-tecnológica entre os dois países. O grupo foi recebido calorosamente por autoridades norte-coreanas no aeroporto.
A autorização para os voos foi concedida em julho pela Agência Federal de Transporte Aéreo da Rússia. As passagens começaram a ser vendidas em 18 de julho, com preços a partir de 44.700 rublos, que equivalem a cerca de R$ 3.000. Este é um marco, pois representa o primeiro voo direto entre Moscou e Pyongyang desde a década de 1990.
O trajeto de cerca de oito horas será realizado por um Boeing 777-200ER, que tem espaço para até 440 passageiros. Anteriormente, cidadãos russos tinham como única opção chegar à Coreia do Norte a partir de Vladivostok. O voo de volta para Moscou está agendado para 29 de julho.
Alexander Kozlov comentou sobre a importância deste voo, considerando-o um “evento histórico” que fortalece as conexões entre as duas capitais. Ele também mencionou avanços na logística, como a ampliação do transporte ferroviário e a construção de uma ponte sobre o rio Tumannaya, que facilitará ainda mais a comunicação entre os países.
O ministro de Assuntos Econômicos Exteriores da Coreia do Norte, Yun Jong-ho, enfatizou que a regularização dos voos diretos é um sinal do fortalecimento das relações entre os dois países. Segundo ele, este novo serviço promoverá um estreitamento dos laços entre os povos e abrirá caminho para uma maior cooperação econômica.
A aproximação no setor turístico ocorre em um contexto de crescente colaboração militar, especialmente após o apoio da Coreia do Norte às ações da Rússia na guerra na Ucrânia. Recentemente, Pyongyang forneceu tropas e armamentos para auxiliar as operações militares da Rússia, além de ter assinado um pacto de defesa mútua no ano passado, durante a visita do presidente russo à Coreia do Norte.