
O dólar comercial encerrou o dia em queda de 0,80%, sendo cotado a R$ 5,52 nesta quarta-feira, dia 23. Esse movimento fez parte de um cenário de alívio no mercado de câmbio. Por outro lado, a Bolsa de Valores, representada pelo Ibovespa, apresentaram um aumento de 0,99%, atingindo 135.368 pontos. Essa alta foi impulsionada pelo interesse dos investidores em ativos considerados de maior risco.
O desempenho positivo da Bolsa e a desvalorização do dólar estão ligados a um clima otimista nos mercados internacionais, especialmente após a assinatura de acordos comerciais pelos Estados Unidos com o Japão e as Filipinas. Essas negociações estão gerando expectativa de reduções nas tarifas comerciais, que estão previstas para serem anunciadas em agosto.
No acordo firmado com o Japão, os EUA estabeleceram uma tarifa de 15% sobre produtos exportados a seu território. Em compensação, haverá uma abertura maior para produtos americanos no Japão. Esse avanço nas negociações fez com que o índice Nikkei, da bolsa japonesa, subisse 3,5%, especialmente devido à valorização de ações do setor automotivo, como a da Toyota, que teve um aumento de 14%.
Do lado filipino, o presidente Trump anunciou uma redução nas tarifas de importação, que cairão de 10% para produtos das Filipinas e isenção total para produtos americanos. Esses desdobramentos são vistos como um sinal encorajador de que os Estados Unidos estão dispostos a flexibilizar outras tarifas, o que diminui a preocupação com um potencial conflito comercial.
Apesar do otimismo nos mercados internacionais, a situação política interna no Brasil ainda enfrenta desafios. O governo brasileiro expressou críticas às tarifas estabelecidas por Trump, e o presidente Lula reconheceu a falta de um canal direto de comunicação com a Casa Branca.
Para melhorar o cenário econômico, o governo anunciou a liberação de R$ 20,6 bilhões do Orçamento de 2025, uma medida que foi tomada após uma revisão das receitas e despesas públicas. Essa liberação acabou influenciando positivamente o desempenho do mercado financeiro em solo brasileiro.
A recuperação nas bolsas e a movimentação nas taxas de câmbio refletem um momento de cautela e estratégia no cenário global, mostrando como as relações comerciais podem impactar diretamente as economias locais.