Raíssa: mulher alega que Marcelo comprou lona antes do crime

Curitiba – Avanços nas investigações da morte de Raíssa Suellen Ferreira trouxeram novos elementos ao caso, envolvendo o comediante Marcelo Alves. A Polícia Civil do Paraná indicou que Marcelo pode ter premeditado o assassinato da jovem, ocorrida em Curitiba.

De acordo com os registros policiais, três dias antes da morte, Marcelo foi a um aviário em Araucária e comprou uma lona preta, que é similar à que foi encontrada no corpo de Raíssa. Além disso, a sacola utilizada para cobrir a jovem é um produto comum no comércio local.

Uma testemunha que trabalha na loja confirmou que Marcelo era um cliente frequente e fez a compra da lona no dia mencionado. Segundo ela, foi um dia comum de vendas e ele pediu três metros de lona, sem demonstrar qualquer comportamento estranho. A mulher destacou que Marcelo costumava visitar a loja a cada duas semanas, principalmente para adquirir ração para seu cachorro.

"As câmeras de segurança da loja apagaram automaticamente as gravações daquele dia, o que impossibilitou a análise posterior das imagens", disse a testemunha, que preferiu não se identificar.

Recentemente, Dhony de Assis, filho de Marcelo, foi liberado após cumprir o período de prisão temporária. O Ministério Público do Paraná (MPPR) decidiu que ele usará tornozeleira eletrônica enquanto aguarda o processo. O advogado da família da vítima expressou preocupação com a decisão, afirmando que existem evidências de fraudes processuais e de tentativas de interferir nas investigações. A família está preocupada com possíveis obstruções à justiça.

Marcelo Alves e seu filho foram formalmente denunciados pelo MPPR no dia 23 de junho. O humorista enfrenta acusações de feminicídio qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual. Já Dhony é acusado de ocultação de cadáver e fraude processual.

As investigações continuam e a expectativa é que novas informações possam surgir à medida que o caso avança nas esferas judiciais e policiais.