
HU-UFGD Implementa Telessaúde nas Aldeias Jaguapiru e Bororó
O Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD) lançou um projeto de telessaúde que beneficiará cerca de 22 mil indígenas das aldeias Jaguapiru e Bororó, localizadas a 251 km da capital do estado. Esta iniciativa visa fortalecer a atenção básica em saúde e foi aprovada pelas lideranças locais.
O serviço começará com atendimentos na área de psiquiatria, devido à alta demanda identificada. Os atendimentos serão realizados a partir de uma estrutura montada nas próprias aldeias, que incluirá computadores, câmeras e acesso à internet, eliminando a necessidade de que os pacientes precisem se deslocar para receber cuidados médicos. Com o tempo, há planos para expandir o atendimento para outras especialidades, conforme novas necessidades forem surgindo.
O projeto, denominado “Telessaúde como ferramenta de expansão da conectividade e acessibilidade ao SUS em Território Indígena”, busca garantir que o atendimento chegue a regiões remotas, onde o acesso à saúde é limitado. Vale ressaltar que as comunidades não precisarão ter internet em casa ou dispositivos próprios, pois toda a infraestrutura necessária será disponibilizada no local de atendimento.
André Rogério, chefe da Unidade de E-Saúde do HU-UFGD, detalhou que um ambiente específico será montado para as consultas via telessaúde. Salas do ambulatório local poderão ser utilizadas para isso. Ele assegurou que a estrutura contará com internet de qualidade e sistemas seguros, garantindo a privacidade das informações durante as consultas.
Géssica Linhares Melo Viana, da Unidade de Gestão da Inovação Tecnológica em Saúde do HU-UFGD, destacou a importância de respeitar os conhecimentos tradicionais das comunidades. Ela afirmou que o projeto representa um passo significativo para ampliar o acesso à saúde de qualidade nas comunidades indígenas, promovendo equidade e inclusão, e reforçando o Sistema Único de Saúde (SUS).
A implementação desse projeto contará com a parceria da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) do Ministério da Saúde e é financiada pela FUNDECT, a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul. Até o momento, a data de início do serviço ainda não foi divulgada.