
Alguns costumes passam de geração em geração entre pessoas apaixonadas por cozinhar. Contudo, muitos mitos culinários acabam sendo repassados também.
Ao longo do tempo, muitos hábitos culinários se consolidaram como verdades absolutas nas cozinhas brasileiras e do mundo, passando de geração em geração sem questionamento. Contudo, nem tudo que se aprende com parentes, amigos ou vídeos populares realmente encontra respaldo na ciência.
Diversas práticas foram incorporadas por tradição, mas não necessariamente produzem os efeitos esperados — e, em alguns casos, podem até prejudicar a receita. Por isso, conhecer os mitos culinários mais comuns e entender o que realmente funciona na cozinha se torna essencial.
Isso pode ajudar quem deseja preparar refeições mais eficientes, saborosas e nutritivas. Ao quebrar essas crenças infundadas, o cozinheiro amplia seu domínio sobre os processos e aprimora significativamente o resultado final dos pratos.
Neste artigo, você confere:
6 maiores mitos culinários que te enganaram
Na busca por facilitar o preparo dos alimentos ou melhorar seu sabor e textura, muita gente repete dicas antigas sem saber que elas não têm fundamento. Esses mitos persistem principalmente porque parecem fazer sentido à primeira vista, embora não entreguem os resultados prometidos.
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Colocar óleo na água do macarrão evita que ele grude
Um dos mitos mais repetidos é que adicionar óleo à água do cozimento do macarrão impede que a massa grude. No entanto, isso não passa de uma crença sem eficácia. O óleo flutua na superfície da água e não entra em contato direto com o macarrão durante o cozimento.
O que realmente evita que a massa grude é mexer bem nos primeiros minutos, já que o amido pode fazer as peças grudarem, e usar uma quantidade generosa de água para que os fios fiquem soltos. Não economize!
Selar a carne “tranca” os sucos no interior
Muitos afirmam que selar a carne em alta temperatura impede a perda de líquidos internos, mantendo-a mais suculenta. Porém, a ciência mostra que esse processo apenas cria uma crosta externa e não evita a perda de umidade. A suculência da carne depende mais do tempo e da temperatura de cocção.
Açúcar corta a acidez do molho de tomate
Embora essa prática seja comum, adicionar açúcar ao molho de tomate não neutraliza a acidez química do fruto, apenas mascara o sabor ácido com o doce. Se o objetivo for equilibrar o molho, o ideal é utilizar ingredientes que realmente reduzam a acidez, como uma pitada de bicarbonato de sódio.
Lavar carne crua elimina bactérias
Muita gente acredita que lavar frango ou carne vermelha antes do preparo elimina bactérias. Essa prática, além de ineficaz, espalha microrganismos pela pia e pelos utensílios ao redor, aumentando o risco de contaminação cruzada. O calor do cozimento é o único método seguro e eficaz para eliminar patógenos.
Guardar tomate na geladeira conserva melhor
Apesar da refrigeração parecer uma forma de prolongar a vida útil dos alimentos, o tomate perde sabor e textura quando armazenado em temperaturas frias. A geladeira interrompe o amadurecimento natural e modifica a estrutura interna do fruto. O mais indicado é guardar tomates em temperatura ambiente.
Cortar a cebola ao lado de um copo d’água evita lágrimas
Outro mito muito difundido é que cortar cebola próximo a um copo com água evita o ardor nos olhos. Embora pareça lógico, isso não impede a liberação dos compostos sulfurosos que causam a irritação. A única forma realmente eficaz de reduzir esse efeito é usar uma faca bem afiada.
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Dicas que realmente funcionam
- Use água abundante e sal ao cozinhar massas: Para obter uma massa soltinha e saborosa, utilize bastante água fervente e adicione sal apenas após a ebulição. Isso ajuda a evitar que a massa grude e realça o sabor naturalmente.
- Cozinhe carnes em temperatura ambiente: Retire a carne da geladeira cerca de 30 minutos antes do preparo para garantir um cozimento uniforme. Carnes frias demoram mais para atingir o ponto ideal e tendem a ficar ressecadas.
- Utilize limão ou vinagre para realçar sabores: Um toque ácido ao final do preparo pode equilibrar o sabor de pratos pesados e ressaltar os ingredientes. Essa técnica é simples, mas transforma o perfil aromático da receita.
- Mexa o risoto constantemente: Ao preparar risoto, mexer constantemente ajuda a liberar o amido do arroz arbório, criando a textura cremosa ideal. Isso evita que o prato fique empapado ou sem liga.
- Respeite o tempo de descanso da carne: Após o cozimento, deixe a carne repousar por alguns minutos antes de cortar. Isso redistribui os sucos e garante uma textura mais suculenta e uniforme em cada fatia.
Ao desconstruir os mitos culinários e aplicar técnicas realmente eficazes, você desenvolve mais confiança na cozinha e obtém resultados mais consistentes, saborosos e seguros. Com informação e prática, cozinhar se torna uma atividade ainda mais prazerosa e eficiente.
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