
Nesta terça-feira, 15 de outubro, as Forças Armadas de Israel intensificaram seus ataques na Faixa de Gaza, traumatizados por um violento confronto que resultou na morte de 78 palestinos na segunda-feira. Além de Gaza, as ações militares se estenderam a áreas no Líbano, Síria e na Cisjordânia.
Na Cisjordânia, as tropas israelenses seguiram atacando o campo de refugiados de Qalandia, localizado ao norte de Jerusalém. Neste mesmo dia, ao menos 32 palestinos foram detidos pelas forças israelenses na região ocupada. Em Burqa, uma vila da Cisjordânia, colonos provocaram incêndios em terras e veículos, logo após um encontro de líderes religiosos e diplomatas de mais de 20 países em Taybeh, que clamavam pelo fim da violência.
Thameen al-Kheetan, porta-voz do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, denunciou os recentes episódios de violência, afirmando que os colonos israelenses, juntamente com as forças de segurança, intensificaram os ataques contra palestinos nas últimas semanas, especialmente em Jerusalém Oriental.
O Ministério da Saúde de Gaza revelou números alarmantes, relatando que a ofensiva em curso resultou na morte de pelo menos 58.386 civis e deixou 139.077 feridos, entre os quais crianças e mulheres. Em Israel, desde os ataques iniciados em 7 de outubro, 1.139 pessoas perderam a vida e mais de 200 se encontram em situação de reféns.
### Bombardeio no Líbano
Na manhã de hoje, ataques aéreos israelenses atingiram o Vale do Bekaa, no Líbano, ferindo ao menos seis pessoas. Moradores relataram uma série de explosões em várias áreas da região, que foram alvos de bombardeios.
Os ataques concentraram-se em postos do Hezbollah, um movimento de resistência libanês. O Exército de Israel comunicou sua intenção de prosseguir com as operações contra estruturas associadas ao grupo.
### Ataques na Síria
Na Síria, bombardeios israelenses foram registrados na região de Sweida. Israel justificou suas ações como medidas de proteção aos drusos, uma minoria étnica. Na última semana, o governo israelense anunciou a destruição de tanques que se direcionavam à área. Conflitos entre tribos beduínas e a população local resultaram na morte de mais de 30 pessoas e deixaram cerca de 100 feridas.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, confirmaram que os ataques em Sweida tinham como alvo forças do governo sírio, que estariam se preparando para agir contra os drusos.
### Condenação do Catar
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed al-Ansari, se manifestou em Doha, condenando os ataques israelenses em Sweida. Ele caracterizou as ações de Israel como “irresponsáveis” e “perigosas”, pedindo uma resposta da comunidade internacional diante das provocações. Al-Ansari também mencionou que as negociações para um cessar-fogo estão em andamento, com delegações de Israel e do Hamas se reunindo em Doha para discutir uma possível trégua.