Tarifas aumentam incertezas e volatilidade gera oportunidades no mercado

Na última semana, os mercados financeiros, tanto globais quanto locais, mostraram grande volatilidade, e não há indicações de que essa situação vá mudar nas próximas semanas. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, registrou uma queda acumulada de 3,59%, encerrando a semana em torno de 136 mil pontos. No início desta semana, o índice continuou a apresentar um desempenho negativo. Um dos principais fatores que contribuiu para essa pressão foi a incerteza gerada pelas novas tarifas comerciais anunciadas pelos Estados Unidos.

A situação foi analisada por um especialista em economia, que destacou como as novas tarifas sobre produtos importados, popularmente chamadas de “tarifaço”, geraram nervosismo nos mercados, resultando na queda das bolsas. Em cenários de incerteza como este, o especialista recomendou a diversificação dos investimentos. Ele sugeriu que investidores que mantêm ativos em moedas fortes, criptomoedas e outros ativos não relacionados à bolsa estão mais bem protegidos contra as oscilações de curto prazo.

Enquanto o Ibovespa enfrentava quedas, as criptomoedas ganharam força. O bitcoin, por exemplo, teve um desempenho notável, ultrapassando a marca de US$ 120 mil, alcançando uma nova máxima histórica. Esse movimento positivo no valor do bitcoin também refletiu uma tendência de valorização em ativos digitais, como apontou o especialista. O aumento do preço do bitcoin coincidiu com a alta do ouro, em um contexto de busca por proteção financeira em meio a incertezas econômicas.

Em relação ao câmbio, o dólar, que estava em uma tendência de queda, inverteu seu curso e fechou a última semana com um aumento de 2,59%, cotado a R$ 5,56. Além disso, a taxa de juros DI para 2025 subiu 2,25%, refletindo uma maior preocupação com a política comercial dos EUA e os potenciais impactos na economia global. Apesar dessas mudanças, as expectativas em relação à Selic, a taxa básica de juros do Brasil, permanecem estáveis, com o mercado prevendo que a taxa continue em 14,90%.

Para essa semana, a agenda econômica no Brasil está mais tranquila. Um dos principais destaques é a divulgação do IBC-Br, um índice importante que antecipa o desempenho do PIB, que será feito nesta segunda-feira. No cenário internacional, a atenção se volta para a divulgação do CPI, que mede a inflação nos EUA, prevista para quarta-feira, e os dados de emprego e balança comercial americana, anunciados na quinta-feira.

Em resumo, a expectativa é de que as incertezas comerciais continuem a influenciar os mercados, enquanto investidores buscam alternativas e estratégias para se proteger de possíveis oscilações.