
A suplementação de vitamina D tem sido cada vez mais necessária, já que as pessoas estão ficando mais dentro de casa.
A vitamina D exerce um papel vital no funcionamento do organismo, indo muito além da sua conhecida participação na saúde óssea. Ela atua diretamente na regulação do sistema imunológico, na absorção de cálcio e fósforo, e até mesmo em processos neurológicos e hormonais.
Produzida naturalmente pelo corpo por meio da exposição ao sol, essa vitamina também pode ser obtida em alimentos específicos e suplementos. Contudo, fatores como baixa exposição solar, envelhecimento, uso excessivo de protetor solar, doenças crônicas e alimentação inadequada podem causar deficiência.
Diante desse cenário, compreender os sinais de carência, os exames disponíveis e as formas naturais de obter vitamina D se torna essencial para preservar a saúde e prevenir complicações a longo prazo que podem acabar gerando amis problemas.
Neste artigo, você confere:
Quais os sinais de deficiência da vitamina D?
A deficiência de vitamina D pode se manifestar de maneiras variadas e, muitas vezes, silenciosas, dificultando a identificação sem exames. Por isso, observar os sintomas físicos e emocionais torna-se fundamental para buscar diagnóstico precoce. Veja abaixo os principais sinais que indicam deficiência:
- Cansaço frequente e falta de energia mesmo após descanso adequado: Esse sintoma aparece com frequência em pessoas com baixos níveis de vitamina D, já que ela participa do metabolismo celular e do equilíbrio hormonal.
- Dores musculares e fraqueza: A vitamina D auxilia na função muscular e na força. Sua deficiência pode gerar dores generalizadas, sensação de fraqueza e perda de desempenho físico.
- Queda de cabelo acentuada: Em níveis baixos, a vitamina D compromete o ciclo natural de crescimento dos fios, contribuindo para a queda capilar, especialmente em mulheres.
- Mudanças de humor e sintomas depressivos: Esse nutriente influencia a produção de serotonina, hormônio responsável pela regulação do humor. Sua ausência pode favorecer estados depressivos e irritabilidade.
- Infecções frequentes: Como atua diretamente na modulação da resposta imunológica, a carência de vitamina D aumenta a vulnerabilidade a gripes, resfriados e infecções recorrentes.
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Como saber se preciso suplementar vitamina D?
A confirmação da necessidade de suplementação só ocorre por meio de exames laboratoriais específicos. O principal deles é a dosagem da 25-hidroxivitamina D, ou 25(OH)D, que mede a concentração da vitamina D circulante no sangue.
O resultado deve ser interpretado por um profissional da saúde, pois valores considerados baixos variam de acordo com idade, comorbidades e diretrizes clínicas. Em geral, níveis abaixo de 20 ng/mL indicam deficiência, enquanto valores entre 20 e 30 ng/mL apontam insuficiência.
Acima de 30 ng/mL, considera-se adequada a concentração, mas em casos especiais pode ser necessário manter patamares mais elevados. Além do exame de sangue, o médico pode solicitar outras avaliações complementares, como cálcio sérico, fósforo, paratormônio (PTH) e densitometria óssea.
A análise conjunta desses exames oferece um panorama mais amplo sobre a saúde óssea e o metabolismo do cálcio. Em situações específicas, o profissional também considera fatores como idade, exposição ao sol, tipo de alimentação, uso de medicamentos e histórico familiar.
É fundamental lembrar que a automedicação, mesmo com suplementos aparentemente inofensivos, pode causar efeitos adversos. O excesso de vitamina D, por exemplo, pode provocar intoxicação, levar ao acúmulo de cálcio no sangue (hipercalcemia) e gerar sintomas como náuseas, vômitos e doenças renais.
Cuidados ao suplementar a vitamina
- Faça exames antes de iniciar qualquer suplementação
- Respeite rigorosamente a dose prescrita pelo profissional
- Reavalie os níveis periodicamente para ajustar o tratamento
- Evite usar multivitamínicos sem necessidade ou indicação específica
- Mantenha atenção aos sinais de excesso, como sede constante e fraqueza
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Como conseguir vitamina D naturalmente?
A forma mais eficaz de obter vitamina D é por meio da exposição solar controlada. O corpo sintetiza a vitamina quando a pele é exposta à radiação ultravioleta B (UVB), especialmente nos horários em que o sol está mais alto, entre 10h e 15h, com variações conforme a localização geográfica.
Em média, 15 a 30 minutos de sol direto nos braços e pernas, três vezes por semana, já são suficientes para manter níveis adequados em pessoas saudáveis. No entanto, fatores como pele mais escura, uso de protetor solar, idade avançada e clima nublado podem reduzir a eficiência dessa síntese.
Além do sol, é possível obter pequenas quantidades de vitamina D por meio da alimentação, embora os alimentos contenham doses limitadas. Fontes naturais incluem peixes gordurosos como salmão, atum e sardinha, além de óleo de fígado de bacalhau, gema de ovo e fígado bovino.
Alguns produtos industrializados, como leites, margarinas e cereais, recebem fortificação com vitamina D, o que contribui para o aumento da ingestão diária. Mesmo assim, a alimentação isoladamente dificilmente supre as necessidades totais, sendo mais útil como complemento.
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