Qualquer pessoa pode tomar creatina? Entenda os benefícios e recomendações do suplemento

A creatina tem se tornado um dos suplementos mais populares entre as pessoas que buscam uma vida mais saudável, mas nem todos sabem para quê ela serve.

A busca por um estilo de vida mais saudável levou muitas pessoas a adotarem rotinas de exercícios regulares, alimentação balanceada e o uso estratégico de suplementos. No universo fitness, os suplementos atuam como aliados que potencializam os resultados desejados.

No geral, sejam eles aumento de massa muscular, melhora no desempenho ou recuperação mais rápida após o treino, o uso é válido. Diante da variedade disponível no mercado, a creatina tem ganhado destaque por seus efeitos comprovados e por ser uma das substâncias mais estudadas.

Incorporada de forma correta, ela pode representar uma importante ferramenta no desempenho físico. No entanto, o uso consciente e com orientação adequada é fundamental para garantir a eficácia e a segurança dos suplementos na rotina de quem treina regularmente.

Afinal, o que é a creatina?

A creatina é uma substância natural produzida pelo organismo humano e também encontrada em alimentos de origem animal, como carnes e peixes. No corpo, sua principal função é atuar como fonte rápida de energia durante atividades de alta intensidade e curta duração.

Ela é armazenada nos músculos sob a forma de fosfocreatina, que contribui para a regeneração de adenosina trifosfato (ATP), a principal molécula de energia celular. Embora o corpo produza uma quantidade limitada, a suplementação com creatina aumenta significativamente esse estoque.

Ou seja, acaba melhorando o desempenho físico em exercícios que exigem força, potência e explosões curtas de energia. Por isso, ela se tornou uma das escolhas mais populares entre praticantes de musculação, crossfit e esportes de alta performance.

O uso suplementar de creatina ganhou destaque por oferecer resultados visíveis em curto e médio prazo, especialmente em treinos de resistência e força. Diferente de outros suplementos, ela não age como estimulante, o que evita efeitos colaterais associados à cafeína ou termogênicos.

Ao entrar no organismo, a creatina é absorvida pelo intestino e transportada para os músculos, onde atua como um reforço energético imediato. Com o uso contínuo, os músculos armazenam mais água intracelular, o que aumenta o volume muscular e melhora o aspecto físico.

Como ela atua no corpo?

No interior das células musculares, a creatina desempenha um papel essencial na ressíntese do ATP, especialmente durante atividades físicas intensas. Quando o corpo entra em esforço máximo, ele consome rapidamente o ATP disponível.

Nesse momento, a fosfocreatina armazenada nos músculos entra em ação, doando um grupo fosfato para que o ATP seja regenerado. Esse processo garante energia imediata e permite que o atleta mantenha o desempenho por mais tempo.

Além disso, a creatina contribui para o aumento da hidratação celular, o que favorece o ambiente anabólico, ou seja, aquele propício para o crescimento muscular. Por isso, ela se mostra eficaz tanto em fases de ganho de massa quanto em momentos de manutenção do condicionamento físico.

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Quais os benefícios da creatina?

A creatina oferece diversos benefícios amplamente documentados por estudos científicos. O principal deles é o aumento de força e potência muscular, fator que melhora significativamente o desempenho em atividades anaeróbicas.

Além disso, ela auxilia na recuperação pós-treino, reduzindo a fadiga muscular e permitindo treinos mais frequentes e intensos. Outro ponto relevante é sua capacidade de promover ganho de massa muscular, especialmente quando aliada a uma rotina bem estruturada de treino e alimentação.

Esses efeitos ocorrem devido ao aumento da retenção de água intracelular e à melhoria das condições energéticas nas células musculares, o que potencializa a síntese proteica. Estudos também sugerem que a creatina pode beneficiar funções cognitivas, especialmente em situações de estresse mental.

Isso ocorre porque o cérebro, assim como os músculos, também utiliza ATP como principal fonte de energia. Além disso, há indícios de que a suplementação de creatina possa ser útil em tratamentos auxiliares de algumas condições neurológicas, como Parkinson e esclerose múltipla.

É bom lembrar que essas aplicações ainda estejam em fase de pesquisa. No entanto, mesmo fora do contexto esportivo, a creatina apresenta propriedades que podem favorecer o metabolismo e melhorar a qualidade de vida de pessoas sedentárias ou idosas.

Existem contraindicações?

Apesar de ser considerada segura para a maioria das pessoas, a creatina possui algumas contraindicações. Indivíduos com doenças renais ou histórico familiar de problemas renais devem evitar o uso sem acompanhamento médico, já que a substância é excretada pelos rins.

Além disso, pessoas com hipertensão ou que fazem uso de medicamentos diuréticos precisam de atenção redobrada, pois o aumento da retenção de água intracelular pode interferir no equilíbrio hidroeletrolítico.

Outro ponto importante é respeitar a dosagem recomendada, que geralmente varia entre 3 e 5 gramas por dia, evitando excessos que possam sobrecarregar o organismo. Com acompanhamento profissional, a creatina pode ser utilizada com segurança, desde que dentro dos parâmetros corretos.

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Qual o melhor momento para tomar creatina?

O horário de consumo da creatina não afeta diretamente sua eficácia, pois o benefício está relacionado ao acúmulo da substância no músculo ao longo do tempo. Isso significa que o uso diário e contínuo é mais importante do que o momento exato da ingestão.

Ainda assim, muitos especialistas recomendam o uso após o treino, momento em que o organismo apresenta maior sensibilidade à absorção de nutrientes. Além disso, combinar a creatina com uma fonte de carboidrato pode melhorar sua absorção.

Isso ocorre devido ao aumento da liberação de insulina, que facilita a entrada da substância nas células musculares. Portanto, estabelecer uma rotina de consumo regular é mais eficaz do que se preocupar com o horário exato.

Durante os primeiros dias de suplementação, algumas pessoas optam pela fase de saturação, em que se consome uma dose maior, geralmente dividida em quatro porções diárias. Essa estratégia visa acelerar o acúmulo da creatina nos músculos, mas não é obrigatória.

O protocolo mais comum envolve o uso diário de uma dose única entre 3 e 5 gramas. Após algumas semanas, os músculos já atingem a saturação necessária para que os efeitos se tornem perceptíveis. A manutenção desse nível exige apenas a continuidade da suplementação regular.

Posso tomar mesmo sem fazer exercícios?

Sim, a creatina pode ser consumida mesmo por quem não pratica atividades físicas intensas, embora seus efeitos sejam mais visíveis em pessoas ativas. Em indivíduos sedentários ou em grupos específicos, como idosos, a creatina ainda pode trazer benefícios relacionados à preservação da massa magra.

Além disso, seus potenciais efeitos sobre o cérebro continuam sendo investigados e já demonstram impactos positivos em termos de memória e raciocínio em determinados contextos. No entanto, o ideal é sempre buscar orientação profissional antes de iniciar a suplementação.

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