Estas são as profissões mais ameaçadas pela Inteligência Artificial: será que a sua está na lista?

Segundo estudos recentes, cerca de 1 a cada 4 profissões estão correndo risco de serem substituídas pela Inteligência Artificial com o tempo.

O mercado de trabalho passou por transformações profundas ao longo da história, moldado por revoluções industriais, avanços tecnológicos e mudanças no comportamento da sociedade. Com a chegada da era digital, muitos setores já haviam experimentado automatizações significativas.

Agora, um novo agente revoluciona esse cenário com ainda mais força: a inteligência artificial. Essa tecnologia, baseada em algoritmos que aprendem, processam e geram respostas de forma semelhante ao raciocínio humano, já impacta diversos segmentos profissionais de maneira direta.

Nesse contexto, surge a necessidade urgente de analisar quais ocupações correm maior risco de desaparecimento ou transformação. Por isso, entender o alcance da IA e quais áreas serão mais ou menos afetadas se tornou essencial para antecipar tendências, adaptar estratégias e planejar o futuro.

Algumas profissões estão mais ameaçadas com a chegada da Inteligência Artificial. Confira.
Algumas profissões estão mais ameaçadas com a chegada da Inteligência Artificial. Confira. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / noticiademanha.com.br

Profissões que correm mais risco de sumir com a Inteligência Artificial

Segundo o estudo intitulado IA Generativa e Empregos: Um Índice Global Refinado de Exposição Ocupacional, cerca de 25% das profissões estão altamente expostas à substituição por inteligência artificial, que deve acontecer em não muito tempo.

De acordo com os dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a automação atinge com mais intensidade atividades repetitivas e baseadas em padrões. Essas funções costumam ser estruturadas, rotineiras e com pouca exigência de julgamento humano.

Isso facilita sua substituição por sistemas automatizados. Assim, as primeiras ocupações a sofrerem impacto direto serão aquelas em que a IA consegue replicar ou superar a produtividade humana com maior eficiência. São elas:

  1. Digitadores de entrada de dados
  2. Datilógrafos e operadores de processamento de texto
  3. Escriturários de contabilidade e escrituração
  4. Escriturários de estatística, finanças e seguros
  5. Corretores de títulos e finanças
  6. Trabalhadores de apoio administrativo não classificados em outras categorias
  7. Analistas financeiros
  8. Escriturários de folha de pagamento
  9. Vendedores de call center
  10. Desenvolvedores web e multimídia

Essas funções envolvem grande volume de tarefas repetitivas, altamente padronizadas e que podem ser executadas por algoritmos com maior velocidade e menor custo. Com isso, a inteligência artificial se posiciona como alternativa eficiente e economicamente vantajosa para empresas.

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Profissões que podem enfrentar grandes dificuldades

Além do grupo mais vulnerável, a pesquisa também aponta um segundo conjunto de profissões que, apesar de não estarem em risco imediato, já enfrentam desafios consideráveis diante do avanço da IA, que podem se intensificar.

Nessas ocupações, parte das atividades pode ser automatizada, exigindo dos profissionais habilidades complementares para se manterem relevantes. A adaptação, a requalificação e o desenvolvimento de competências humanas passam a ser fundamentais para a sobrevivência profissional nesse novo cenário:

  1. Tradutores, intérpretes e outros linguistas
  2. Secretários
  3. Caixas de banco e escriturários relacionados
  4. Atendentes de call center
  5. Consultores financeiros e de investimentos
  6. Programadores de aplicativos
  7. Designers e administradores de bancos de dados
  8. Administradores de sistemas
  9. Economistas
  10. Desenvolvedores de software e analistas de aplicativos

Ainda que esses profissionais possuam espaço no mercado, o ritmo acelerado da IA exige atualização constante. Aqueles que não buscarem reinvenção terão mais dificuldade de acompanhar a evolução das funções e as novas exigências do mercado.

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Profissões mais garantidas, mas que ainda correm risco

A OIT identificou também um terceiro grupo de profissionais que, embora apresentem exposição moderada à inteligência artificial, ainda mantêm certa estabilidade no mercado. Essas ocupações combinam tarefas automatizáveis com atribuições que exigem algo que a IA não substitui.

Contudo, o risco permanece presente, sobretudo se os profissionais não acompanharem as mudanças tecnológicas que transformam suas áreas. A combinação entre conhecimento técnico e capacidade de inovar será decisiva para manter essas funções ativas:

  1. Designers gráficos e multimídia
  2. Analistas de sistemas
  3. Representantes comerciais
  4. Funcionários fiscais do governo
  5. Engenheiros de telecomunicações
  6. Sociólogos, antropólogos e profissionais relacionados
  7. Planejadores de eventos e conferências
  8. Instrutores de tecnologia da informação
  9. Profissionais de relações públicas
  10. Técnicos de suporte ao usuário

Mesmo com certo nível de segurança, os trabalhadores dessas áreas precisam acompanhar a evolução dos sistemas automatizados e integrá-los às suas práticas, reforçando o papel estratégico e humano que desempenham nas suas funções.

Profissões que não sumirão com a Inteligência Artificial

Apesar do avanço tecnológico, ainda existem diversas ocupações com baixa exposição à automação, segundo o mesmo estudo. Essas profissões exigem habilidades essencialmente humanas, como empatia, criatividade, julgamento ético e interação pessoal, que as máquinas ainda não conseguem replicar.

Além disso, o contexto emocional, cultural e relacional de algumas atividades as torna dependentes de conexões humanas genuínas, o que garante sua permanência. Portanto, mesmo com o avanço da IA, essas funções seguirão demandando presença humana qualificada:

  1. Psicólogos
  2. Especialistas em métodos de educação
  3. Profissionais jurídicos e associados
  4. Motoristas de carros, táxis e furgões
  5. Caixas e balconistas de bilhetes
  6. Mensageiros, entregadores de pacotes e carregadores de bagagem
  7. Assistentes de vendas em lojas
  8. Técnicos de ciências da vida
  9. Fotógrafos
  10. Assistentes médicos

Essas funções demonstram que, mesmo em um cenário de automação crescente, o fator humano ainda possui papel insubstituível em diversas frentes. Por isso, a valorização de competências interpessoais e a formação contínua se tornam pilares fundamentais para garantir espaço no futuro do trabalho.

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