Dólar a R$ 5,38: como isso pode afetar a vida dos brasileiros

O dólar comercial terminou a segunda-feira (26) nas alturas, valendo R$ 5,38. Na semana passada, a moeda norte-americana sofreu duas quedas seguidas e chegou a R$ 5,16. No entanto, próximo às eleições e com a crise econômica que a feta o mundo, o preço do dinheiro “verdinho” subiu novamente e voltou a assustar economistas.

Dólar fechou a segunda-feira (26) com uma das maiores altas do ano de 2022. Preço da moeda foi a R$ 5,38; entenda os reflexos disso.
Dólar fechou a segunda-feira (26) com uma das maiores altas do ano de 2022. Preço da moeda foi a R$ 5,38; entenda os reflexos disso – Edição: Rodrigo Peronti.

Por que o dólar subiu tanto nos últimos dias?

Na prática, sempre que a moeda norte-americana sobre, existe algum temor relacionado a riscos econômicos. Parte disso, neste momento, se deve à alta perspectiva de juros altos nas economias do mundo inteiro e ao risco de uma recessão em diversos países, incluindo a Europa.

A reta final para a decisão eleitoral de 2022 também aumenta a cautela de investidores em território nacional. Esse é um motivo que impacta diretamente o mercado brasileiro. Aliás, vale destacar que o preço divulgado faz referência ao dólar comercial, utilizado nas relações de compra e venda de serviços e mercadorias. Para comprar o dólar de turismo, o preço é bem maior.

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Como o dólar alto afeta a vida das pessoas no Brasil?

Uma pergunta que muitas pessoas podem se fazer é o porquê de o aumento do dólar afetar diretamente a economia local brasileira. Para responder essa pergunta é preciso recorrer ao mercado internacional, dentro de diferentes aspectos.

Você deve compreender que o dólar dita a economia do mundo inteiro, pois tudo é precificado na moeda americana. Isso quer dizer que qualquer mercadoria importada ou exportada será convertida em dólar antes de passar para a moeda nacional de cada país.

Sendo assim, praticamente tudo que é comprado no Brasil e não é produzido aqui, será afetado pela oscilação da economia. O problema é que isso não afeta exclusivamente os produtos eletrônicos e de alta tecnologia.

Existe uma série de matérias-primas que vêm de fora, como a farinha de trigo, por exemplo. Se a farinha fica mais cara, o pão também fica, além de uma série de outros ingredientes.

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Exemplos de produtos que sofrem interferência direta:

  • Carnes;
  • Produtos embutidos e industrializados;
  • Aço;
  • Petróleo e seus derivados;
  • Farinha de trigo;
  • Café;
  • Peças automotivas;
  • Remédios;
  • Eletroeletrônicos;
  • Eletrodomésticos; entre outros.

Isso quer dizer que quando o dólar aumenta, a inflação nacional tende a subir também. O que controla um pouco a situação é que as exportações brasileiras também lucram mais e faz com que maior quantidade de dinheiro gire internamente.