
Cada corte de carne tem um objetivo específico e fica melhor com um preparo direcionado, por isso é interessante aprender sobre eles.
A carne ocupa um espaço central na culinária brasileira e aparece em pratos do dia a dia, em churrascos de fim de semana e em receitas mais elaboradas. No entanto, a qualidade da refeição não depende apenas da escolha do corte, mas também da forma como ele é preparado.
Cada tipo de carne apresenta textura, quantidade de gordura e maciez diferentes, o que exige técnicas específicas de preparo para preservar o sabor, evitar o ressecamento e garantir uma boa experiência à mesa.
Quando o corte certo é combinado com o método de cocção adequado, o resultado final se transforma completamente, valorizando o alimento e evitando desperdícios. Por isso, entender as características de cada carne é essencial para aproveitar todo o seu potencial na cozinha.
Neste artigo, você confere:
Tipos de carne e como prepará-las
Conhecer os diferentes tipos de carne e os modos corretos de preparo garante refeições mais saborosas, suculentas e nutritivas. Cortes bovinos, suínos e de aves exigem técnicas distintas para atingir o ponto ideal, mantendo a textura e realçando o sabor natural.
Com isso, é possível variar o cardápio, aproveitar melhor cada peça e evitar erros comuns que prejudicam o resultado final. A seguir, veja os principais cortes e a melhor forma de utilizá-los em diferentes receitas da melhor maneira possível.
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Acém
O acém é uma carne bovina dianteira, com fibras longas e quantidade moderada de gordura. Embora seja considerado um corte mais duro, ele fica extremamente saboroso quando cozido por tempo prolongado.
Preparar acém em ensopados, picadinhos ou na panela de pressão garante um prato suculento, com sabor acentuado. Esse corte também combina bem com molhos, temperos fortes e legumes cozidos, sendo muito utilizado na culinária caseira brasileira.
Picanha
A picanha é um dos cortes mais nobres do boi, com capa de gordura generosa e fibras curtas. Muito valorizada em churrascos, essa carne deve ser assada na brasa ou na grelha, com atenção ao tempo para manter a suculência.
Fatiar a picanha em bifes altos e grelhar com a gordura voltada para baixo ajuda a selar a peça e evitar que ela resseque e fique muito dura. Também é possível assá-la inteira no forno, envolta em sal grosso ou temperos naturais.
Fraldinha
A fraldinha apresenta fibras soltas, sabor marcante e boa quantidade de gordura entremeada. Esse corte pode ser assado, grelhado ou até preparado na panela, sendo uma escolha versátil para diferentes pratos, sendo uma boa escolha.
Quando feita na brasa, a fraldinha deve ser selada rapidamente e depois cozida em fogo mais brando, para preservar a maciez. Em cozidos ou carnes desfiadas, sua estrutura facilita o preparo e garante um resultado suculento e bem temperado.
Filé mignon
Reconhecido pela extrema maciez e baixo teor de gordura, o filé mignon exige preparo rápido para não perder suculência. Ideal para bifes grelhados, medalhões ou receitas refinadas, esse corte deve ser selado em fogo alto por poucos minutos.
Também combina com molhos suaves, como de vinho, mostarda ou ervas, realçando sua textura delicada e única para preparações. Cozinhar demais o filé compromete sua qualidade, por isso é essencial atenção ao tempo de cocção.
Costela
A costela bovina tem grande quantidade de gordura e tecido conjuntivo, o que a torna ideal para preparos lentos e prolongados. Assar por várias horas no forno ou fazer na panela de pressão são as melhores opções para obter uma carne macia, que se solta do osso com facilidade.
A costela também é perfeita para churrascos de longa duração, onde o calor indireto cozinha lentamente e preserva o sabor defumado, que dá o toque especial. É um corte robusto, que harmoniza bem com temperos intensos.
Frango
Entre as carnes brancas, o frango é o mais consumido e versátil. Asas e coxas combinam com assados e grelhados, enquanto o peito, mais seco, pede preparos rápidos como grelha ou salteado com molhos, é uma carne muito versátil.
Cozinhar o frango com a pele ajuda a manter a umidade, enquanto a remoção da pele antes do preparo deixa a carne mais leve. É essencial respeitar o tempo de cozimento para evitar carne crua, especialmente por questões sanitárias.
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Qual o ponto ideal da carne?
O ponto da carne influencia diretamente na textura, sabor e suculência do alimento. Saber identificá-lo ajuda a alcançar o resultado desejado, seja em cortes mais nobres ou nas opções do dia a dia. Veja os principais pontos da carne bovina e as diferenças entre eles:
- Selada (bleu): Apenas selada na superfície, com interior praticamente cru. Muito macia e indicada para quem aprecia carne quase crua.
- Mal passada: Exterior bem dourado e interior avermelhado e levemente aquecido. Conserva suculência máxima e sabor intenso.
- Ao ponto para mal: Parte externa tostada, centro rosado com suco ainda presente. Oferece equilíbrio entre maciez e cocção.
- Ao ponto: Interior ligeiramente rosado, com menos sucos e textura mais firme. É o ponto mais pedido nos restaurantes.
- Ao ponto para bem: Carne com interior quase totalmente cozido, pouca suculência, textura levemente mais seca.
- Bem passada: Totalmente cozida por dentro, sem sucos e textura mais seca. Pode comprometer a maciez, especialmente em cortes magros.
Controlar o ponto da carne exige prática e atenção ao tempo e à temperatura. Com os cuidados certos, é possível valorizar cada corte e garantir uma refeição saborosa em qualquer ocasião.
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