Tensão do governo influencia mercado nesta sexta-feira (11)

Na quinta-feira, 10 de outubro, os mercados financeiros enfrentaram uma nova onda de tensão. O índice Ibovespa, que representa as ações mais negociadas na Bolsa de Valores brasileira, teve mais uma queda, acumulando o quarto dia de perdas consecutivas. O índice caiu 0,54%, fechando em 136.743,26 pontos. Essa queda foi impulsionada pela decisão do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, o que gerou uma forte repercussão política e econômica no Brasil.

Mesmo com o impacto das tarifas, a queda do Ibovespa foi menos intensa do que o previsto anteriormente. Durante o dia, o índice chegou a recuar até 136.014 pontos no seu menor momento. O real também sofreu, com o dólar comercial passando a ser negociado a R$ 5,543, uma alta de 0,72%. Por outro lado, os juros futuros oscilaram de forma menos acentuada. No âmbito interno, questões relacionadas à inflação e discussões sobre finanças públicas foram deixadas de lado pela eclosão da guerra comercial entre Brasil e Estados Unidos.

O dia de negociação foi marcado por amplas oscilações nos contratos de mini-índice. Eles iniciaram em baixa, mas tentativas de recuperação foram observadas ao longo do dia. A volatilidade no mercado deve continuar, pois o Ibovespa está sob pressão tanto de fatores externos, como a guerra tarifária, quanto de reações do governo brasileiro e suas implicações fiscais. Apesar das altas de algumas ações de empresas como a Vale e siderúrgicas, as quedas nas ações de bancos e da Embraer demonstram que o mercado ainda atua de forma defensiva. Portanto, é necessário atenção redobrada nos próximos dias.

Os contratos de mini-índice com vencimento em agosto fecharam a sessão anterior em alta de 0,63%, cotados a 138.575 pontos. A análise do gráfico de 15 minutos revelou uma recuperação após uma fase de forte venda nos últimos dias. A alta do dia trouxe o mini-índice de volta às médias curtas, indicando uma possível retomada de interesse dos compradores. Para que essa tendência se confirme, será necessário superar a resistência entre 138.695 e 138.875 pontos. Se essa área for rompida, os próximos alvos seriam 139.215 e 139.530 pontos, e até mesmo 139.850 e 140.245 pontos.

Caso o mini-índice não consiga sustentar a alta, a perda do suporte em 138.450 e 138.100 pontos poderá resultar em uma nova pressão vendedora, com alvos de baixa sendo 137.570 e 137.155 pontos, e em seguida 136.755 e 135.900 pontos.

Na análise do gráfico diário, o mini-índice apresentou força ao respeitar a média de 200 períodos, revertendo momentaneamente a queda dos últimos dias. O dia de recuperação reforça a importância do suporte na faixa de 137.345 a 136.675 pontos, sinalizando a possibilidade de continuação da alta. Para isso, será essencial romper a resistência entre 138.875 e 140.315 pontos. Superando esse patamar, a meta imediata seria a faixa de 141.340 pontos. Se o mercado voltar a cair, a atenção deve ser voltada ao suporte de 137.345 e 136.675, uma quebra nessa região poderia levar os índices a 135.890 pontos.

Os gráficos de 60 minutos indicam uma moderação, com os preços oscilando entre as médias de 9 e 21 períodos. A superação ou perda dessas médias pode afetar o fluxo no dia seguinte. Para que o mini-índice volte a ter uma trajetória positiva, deve romper a resistência entre 138.920 e 139.850 pontos, com os próximos alvos sendo 140.275 e 140.560 pontos. Se houver pressão vendedora, a quebra do suporte em 138.100 e 136.755 pode abrir espaço para novas quedas, sendo as metas de queda 135.890 e 134.960 pontos, e até 133.445 e 132.765 pontos nesse caso.

Esse cenário exige atenção constante, dada a incerteza que permeia o mercado e a necessidade de monitorar diferentes indicadores para uma melhor tomada de decisão.