Trump impõe tarifa de 50% ao Brasil e busca influência nas eleições

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil, com início previsto para 1º de agosto de 2025. A informação foi divulgada em uma carta nas redes sociais na tarde desta terça-feira.

Além de tratar da relação comercial entre os dois países, a carta defende explicitamente o ex-presidente Jair Bolsonaro e critica o tratamento que ele recebeu por parte do Brasil. Trump chamou os processos judiciais contra Bolsonaro de “caça às bruxas”.

Marcos de Vasconcellos, CEO de uma plataforma de análise de mercado, comentou que essa medida pode ser vista como uma tentativa de interferir na política brasileira, gerando incerteza em um período crucial, já que o Brasil se aproxima das eleições presidenciais de 2026.

Na carta, Trump também menciona decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro, argumentando que essas decisões violam a liberdade de expressão e impõem ordens de censura a redes sociais americanas. Ele alegou que essas ordens, que seriam secretas, resultaram em ameaças de multas e até expulsão das plataformas do mercado brasileiro.

Além disso, Trump advertiu que intensificará as sanções caso o Brasil decida retaliar aumentando suas próprias tarifas. Ele destacou que, se isso acontecer, o valor das tarifas fixadas pelo Brasil será adicionado à tarifa de 50% já proposta.

Na comunicação, Trump expressa seus sentimentos sobre a relação comercial entre os EUA e o Brasil, afirmando que a atual situação está cheia de injustiças. Ele enfatizou que a tarifa de 50% é uma forma de corrigir um relacionamento comercial visto como desigual, causado por tarifas e barreiras que o Brasil impôs no passado.

O presidente americano sugere que as tarifas poderão ser revistas se o Brasil abrir seus mercados ao comércio americano e eliminar as barreiras existentes. Ele deixou claro que deseja ver um ajuste positivo na relação com o Brasil.

Por fim, Trump conclui a carta agradecendo a atenção dada ao assunto e reforçando seu desejo de um relacionamento melhor entre os dois países, afirmando que os Estados Unidos sempre estarão disponíveis para dialogar.