
As exportações brasileiras de milho apresentaram uma queda significativa de 56,6% em junho, totalizando 369 mil toneladas, de acordo com dados do governo federal. Essa redução é notória quando comparada ao mesmo mês do ano anterior, refletindo uma forte retração no mercado.
Um dos principais fatores para essa diminuição é o atraso na colheita. Até o início de julho, apenas 17% a 18% do milho havia sido colhido, em contraste com os 60% do ano passado nesse mesmo período. Esse atraso gera preocupação entre os produtores e pode impactar ainda mais os números das exportações nos próximos meses.
As exportações de café também enfrentaram dificuldades, caindo 34% em junho. Este ano, foram embarcadas 133 mil toneladas, enquanto no mesmo mês do ano passado o total foi de 203 mil toneladas. Essa redução no café é uma preocupação para o setor, que já sofre com variáveis de mercado.
Em relação às carnes, o cenário foi mais mixto. As exportações de carne suína aumentaram 30%, com um salto de 93 mil para 122 mil toneladas. A carne bovina também teve um crescimento de 25,3%, alcançando 241 mil toneladas. Por outro lado, a carne de frango viu suas exportações recuarem em 23%, resultado de embargos temporários que restringiram os embarques no mês.
Um aspecto positivo foi o aumento nas exportações de ovos, que quase dobraram, subindo de 3.731 para 7.390 toneladas. Esse crescimento pode indicar uma demanda crescente nesse segmento.
Para o mês de julho, as previsões não são otimistas para o milho e a carne bovina. Especialistas apontam que as condições atuais podem levar a novas quedas nos preços, especialmente se não houver uma recuperação significativa nas colheitas. A combinação do atraso na colheita e a pressão sobre os preços do milho ainda são causas de preocupação. No caso da carne bovina, existe o risco de que os valores caiam até a faixa dos R$ 180, caso os limites atuais não se sustentem.