
Ainda existem bilhões em valores esquecidos aguardando resgate. Veja como consultar no Banco Central e entenda o passo a passo para recuperar seu dinheiro.
Milhões de brasileiros ainda têm direito a valores esquecidos no sistema financeiro, mas a maioria nem sabe disso. Em muitos casos, o dinheiro está parado há anos em contas bancárias encerradas, tarifas cobradas de forma indevida ou parcelas pagas a mais. Mesmo com o avanço da tecnologia, boa parte da população ainda não consultou se tem algum valor a receber.
De acordo com o Banco Central, mais de R$ 9 bilhões continuam disponíveis para saque. Essa quantia está dividida entre pessoas físicas e jurídicas. Por isso, é importante que os cidadãos consultem o sistema oficial para verificar se há recursos em seus nomes. O processo é gratuito, rápido e pode ser feito pela internet com poucos dados.
A iniciativa faz parte do Sistema de Valores a Receber (SVR), uma plataforma criada para facilitar o acesso a recursos esquecidos. O serviço centraliza as informações de bancos, consórcios, cooperativas de crédito e outras instituições financeiras. Assim, o cidadão não precisa consultar empresa por empresa.
Ao longo deste conteúdo, você vai entender como funciona o sistema, quem pode consultar, como recuperar o dinheiro e quais são os cuidados necessários para garantir a segurança do processo. A palavra-chave é uma só: valores esquecidos.

O que você vai conferir:
O que são valores esquecidos?
Os valores esquecidos são quantias que pertencem a pessoas ou empresas, mas ficaram retidas em instituições financeiras por diferentes motivos. Isso pode acontecer por encerramento de conta bancária sem retirada do saldo, cobrança indevida de tarifas, parcelas de empréstimos pagas a mais ou outras situações semelhantes.
Esses valores ficam acumulados por tempo indeterminado, até que o titular ou seus herdeiros façam a solicitação. O Banco Central identificou que muitas dessas quantias permanecem paradas por anos, simplesmente porque os donos não sabiam da existência desse direito.
Com o SVR, o processo para descobrir e resgatar os valores esquecidos ficou mais simples. A plataforma é segura, gratuita e está disponível para qualquer cidadão com CPF ou CNPJ ativo.
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Quanto ainda está disponível para saque?
Segundo dados divulgados em maio de 2025, ainda restam R$ 9,13 bilhões em valores esquecidos. Desse total, mais de R$ 7 bilhões pertencem a pessoas físicas. Já as empresas têm direito a aproximadamente R$ 2 bilhões. Isso mostra que o problema atinge diferentes perfis de brasileiros, incluindo quem movimenta contas com frequência e quem quase não usa serviços bancários.
Mesmo com campanhas de divulgação, muita gente ainda não acessou o sistema. Até agora, pouco mais de R$ 10 bilhões já foram devolvidos, o que significa que uma parte importante dos beneficiários ainda não resgatou o que é seu por direito.
Quem fizer a consulta e identificar valores disponíveis deve agir o quanto antes, pois não há garantia de que o sistema ficará aberto permanentemente.
Como consultar valores esquecidos no Banco Central?

A consulta é simples e pode ser feita pelo site valoresareceber.bcb.gov.br. Para isso, basta informar o CPF e a data de nascimento. Empresas devem usar o CNPJ e a data de abertura da organização. Até mesmo contas de empresas já encerradas podem ser verificadas.
Também é possível consultar valores deixados por pessoas falecidas. Para isso, o interessado precisa informar os dados do falecido e apresentar a documentação que comprove o vínculo, caso haja saldo a receber.
O sistema informa se há valores disponíveis. Se houver, ele orienta sobre os próximos passos. É importante seguir as instruções com atenção para evitar erros ou atrasos no processo.
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Como solicitar o resgate dos valores esquecidos?
Após confirmar que há valores disponíveis, o usuário tem duas opções para receber o dinheiro. A primeira é entrar em contato diretamente com a instituição financeira responsável pelo valor. A segunda é realizar o resgate pelo próprio sistema do Banco Central, usando uma conta gov.br com nível prata ou ouro.
É necessário ativar a verificação em duas etapas para garantir a segurança da operação. Depois disso, o sistema libera a opção para escolher uma chave Pix e confirmar o recebimento. Vale destacar que a chave precisa ser vinculada ao CPF ou CNPJ consultado, não podendo ser uma chave aleatória.
O pagamento pode acontecer em poucos dias úteis, mas esse prazo varia conforme a instituição financeira responsável pelo valor.
Quais os principais cuidados ao fazer a consulta?
Para evitar golpes, o Banco Central alerta que não envia links nem entra em contato direto com os cidadãos. Todos os acessos devem ser feitos apenas pelo site oficial. Caso receba mensagens de terceiros oferecendo ajuda para resgatar valores esquecidos, desconfie.
Também é essencial garantir que o acesso ao sistema seja feito a partir de um computador ou celular seguro. Evite redes públicas e nunca compartilhe sua senha do gov.br com ninguém. O uso correto do sistema garante que o dinheiro vá direto para o titular, sem intermediários ou riscos.
Se houver dúvidas, o site oficial traz orientações detalhadas, inclusive com um passo a passo visual para facilitar o processo.
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O que fazer se não houver valores a receber?
Caso a consulta não mostre nenhum valor disponível, não há necessidade de se preocupar. O sistema é atualizado constantemente. Por isso, é recomendável voltar a consultar de tempos em tempos, pois novos dados podem ser inseridos pelas instituições financeiras a qualquer momento.
Além disso, manter os dados no gov.br atualizados ajuda a evitar problemas em futuras consultas. Mesmo quem não tem valores agora pode ter em outras oportunidades, principalmente se tiver encerrado contas bancárias ou quitado empréstimos nos últimos anos.