Campo Grande apresenta aumento nos casos de SRAG, diz Fiocruz

Campo Grande apresenta um aumento preocupante nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), de acordo com o novo Boletim InfoGripe, que traz dados da semana de 20 a 26 de julho. A cidade é uma das duas capitais brasileiras, ao lado de Vitória, que está registrando crescimento consistente dos casos. Esta tendência de alta se estende pelas últimas seis semanas e afeta quase todas as faixas etárias, exceto crianças e adolescentes entre 5 e 14 anos.

No contexto nacional, a Influenza A lidera como a principal causa de óbitos relacionados à SRAG, respondendo por 57,6% dos casos fatais. Em 2025, já foram contabilizadas 8.467 mortes pela síndrome, sendo que 53,7% dos óbitos apresentaram resultados positivos para algum vírus respiratório.

Mato Grosso do Sul, onde Campo Grande está localizado, também é mencionado no boletim como um dos estados com incidência de SRAG em níveis de alerta ou alto risco. Apesar disso, o estado ainda não mostra uma tendência de crescimento a longo prazo, como tem sido observado em outras regiões.

Em relação à situação no restante do país, os dados indicam que a incidência de SRAG em crianças pequenas permanece alta na maioria dos estados. No entanto, os casos mais graves e os óbitos continuam a ocorrer principalmente entre os idosos, sendo a Influenza A o agente causador mais comum.

Nos últimos quatro semanas, entre os casos confirmados de SRAG no país, 47,7% foram causados pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR), 31% pelo rinovírus, 17,4% pela Influenza A, 1,5% pela Influenza B e 4% foram atribuídos ao SARS-CoV-2, que causa a Covid-19. Quanto aos óbitos, a Influenza A foi identificada em 57,6% dos casos, seguida pelo VSR (17,7%) e rinovírus (15,3%).

Com essa situação alarmante, é importante que a população esteja atenta às orientações das autoridades de saúde e adote medidas de prevenção para conter a disseminação de doenças respiratórias.