
Com a situação fiscal do Brasil ainda indefinida e a possibilidade de aumento de impostos, como o IOF, especialistas ressaltam a importância de diversificar os investimentos, incluindo a possibilidade de aplicar recursos fora do país.
Durante um evento em São Paulo, um especialista em finanças destacou que manter todos os investimentos apenas no mercado brasileiro pode aumentar os riscos financeiros. Ele sugere que, para se proteger da oscilação do câmbio, os investidores devem considerar alocar entre 16% e 18% de suas carteiras em ativos internacionais. Esse não deve ser um movimento pontual, mas sim um hábito constante.
Nos Estados Unidos, é comum que entre 25% e 30% dos investimentos dos cidadãos estejam em ativos fora do país, mesmo havendo muitas opções locais. Essa prática é motivada pela busca por diversificação.
Além disso, a realidade dos investidores brasileiros mostra que muitos ainda concentram suas economias na caderneta de poupança, considerada um investimento com baixa rentabilidade. De acordo com um estudo recente, cerca de 37% dos brasileiros poupam, mas quase 60% desse total está na poupança, o que representa um desafio para aumentar a rentabilidade de seus recursos.
A superintendente de uma associação do setor financeiro mencionou que é fundamental simplificar a comunicação sobre investimentos para que os brasileiros possam entender melhor suas opções e ampliar seu acesso ao mercado financeiro.
Para lidar com esse desafio, a educação financeira é essencial. A instabilidade política, o aumento de impostos e a inflação são fatores que afetam diretamente os investimentos no Brasil. Por isso, a associação está desenvolvendo cursos na sua plataforma de educação financeira, incluindo temas sobre como investir no exterior.
Os especialistas alertam que os investidores que concentram suas aplicações apenas em ativos brasileiros, especialmente ações, ficam vulneráveis às incertezas do país. Por isso, a diversificação, que envolve não apenas diferentes setores de investimento, mas também a inclusão de outros países e moedas, é um passo importante para reduzir riscos financeiros.